Governo do Estado monitora plano de manejo florestal sustentável de indústria madeireira no Vale do Jari

Foram verificados o planejamento de derrubada das árvores até o transporte dos troncos, além do uso de EPI’s pelos trabalhadores

Para garantir a conservação ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável, o Governo do Amapá finalizou neste sábado, 4, um monitoramento de 6 dias na infraestrutura, segurança e atividades de indústria madeireira que realiza serviços de manejo florestal sustentável no Vale do Jari.

A vistoria, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), acompanhou todo o processo da exploração florestal, da empresa Agregue Indústria, Comércio e Transporte de Madeiras, desde a derrubada das árvores até o traçamento e transporte dos troncos, onde foi averiguado o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como capacete e protetor facial, pelos trabalhadores, além das licenças para o uso de ferramentas como motoserra.

Para garantir a segurança no processo de manejo, foram medidos o pátio principal, local onde são levados todos os troncos que ficam nos pátios secundários dentro da floresta, as estradas e trilhas usadas para locomoção dos veículos e também dos trabalhadores.

A Agregue recebeu a Autorização de Exploração Florestal (Autex) em agosto deste ano. Em menos de três meses, o Governo do Estado volta para acompanhar as atividades para ver se correspondem ao plano de manejo aprovado.

“A mesma equipe que licenciou, voltou à área de manejo para fazer a vistoria desse plano anual, onde verificamos se todas as boas práticas do manejo florestal estão sendo cumpridas conforme a legislação ambiental”, explica o diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, Marcos Almeida. 

Para a engenheira florestal da Agregue, Erica Rossi, a visita da Sema demonstra o diálogo que existe entre o setor público e privado na construção de práticas voltadas para o desenvolvimento sustentável do estado.

“É um momento importante para a empresa, ver se os trabalhos que já vem sendo executados estão dentro das normas ambientais. É um momento também onde recebemos orientações da Sema com o objetivo de melhorar nossos procedimentos e trabalhar com qualidade e respeito ao ambiental e social”, conta.

Na ocasião, também foi realizada uma capacitação da equipe técnica da Sema com atividades de cubagem, que é a medição do volume dos troncos, análise do romaneio, documento que contém as principais informações das árvores retiradas da floresta, rastreabilidade com a utilização de GPS para identificação de espécies como angelim-vermelho, cumaru, maçaranduba e mandioqueira-escamosa.

Fabio Silva, gerente setorial da Sema, enxerga a capacitação em meio uma vistoria de acompanhamento como uma oportunidade de aprimorar os conhecimentos na área florestal.

“Participar dessa capacitação junto às atividades de exploração aqui na empresa Agregue, onde estamos conhecendo as etapas para o mapeamento das espécies, me trará um conhecimento da cadeia florestal de todo o estado”, conta Silva.

Manejo Florestal Sustentável 

No manejo florestal sustentável, apenas as árvores previamente selecionadas e autorizadas são retiradas sem que ocorram impactos ambientais no meio ambiente. Isso proporciona a manutenção da floresta e dos serviços ecossistêmicos que reduzem os impactos climáticos, usando os espaços de forma inteligente e proporcionando dignidade a quem vive na região.

Agregue

Criada em 2011, em Belém, a empresa se instalou no Amapá em 2018, tendo como atividades a exploração, transporte, processamento e comércio de madeira nativas da Amazônia. O empreendimento comercializa as madeiras extraídas e beneficiadas para as regiões Nordeste e Sudeste. 

O plano da empresa Agregue prevê, por ano, a exploração de mais de 55 mil metros cúbicos de árvores numa área de quase 100 mil hectares de forma ecologicamente responsável, gerando desenvolvimento econômico e social da região e da comunidade local.

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