GTA comemora 10 anos de criação com apresentações no Sambódromo

Em uma ação conjunta com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o GTA simulou uma ocorrência.

O Grupo Tático Aéreo (GTA) comemorou 10 anos de criação com três apresentações que tiraram o fôlego do público, que lotou o Sambódromo para assistir ao desfile cívico-militar de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil.

A primeira aparição ocorreu durante a passagem do pelotão da Polícia Militar (PM). Em uma ação conjunta com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o GTA simulou uma ocorrência em que os policiais precisaram descer de rapel para fazer a abordagem. As manobras deixaram a população eufórica.

“Estou aflita só de ver esses policiais se arriscando assim. É muito emocionante e ao mesmo tempo faz eu me sentir mais segura, por saber que eles estão treinados para qualquer ocasião”, declarou Isadora Figueiredo, enquanto filmava com o celular toda a simulação.

O desfile do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) também contou com a participação do grupo, que atuou na simulação de salvamento de uma vítima presa nas ferragens de um veículo, após um acidente automobilístico.

A terceira apresentação do GTA foi exclusiva, já em comemoração aos dez anos do grupo. Os tripulantes operacionais executaram a técnica “mata-leão”, indicada em momentos de confronto, para uma rápida evacuação do terreno. Na técnica, os militares utilizam apenas as mãos para se fixarem ao esqui do helicóptero.

Para Fabrício Alencar, coordenador adjunto do GTA, o principal presente de aniversário do grupo foi a aeronave. “Nós passamos quase cinco anos parados, mas finalmente o nosso sonho se realizou e hoje temos uma aeronave para chamar de nossa, e ninguém pode tirar isso do Estado”, declarou.

Fabrício se refere ao helicóptero modelo esquilo AS350B2, totalmente equipado para missões ostensivas, de salvamento e resgate, de atendimento aeromédico e combate a incêndio, entre outras funções, que foi entregue em dezembro de 2015 pelo Governo do Amapá ao GTA.

GTA

O Grupo Tático Aéreo voltou a operar em dezembro de 2015. Nos primeiros seis meses de atividade, o grupo realizou 152 ações. Foram missões de patrulhamento preventivo, apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF), Operação Verão, nas rodovias e balneários, ações do Corpo de Bombeiros do Amapá, treinamento operacional, remoção aeromédica e outras atividades.

O Arquipélago do Bailique, distante 180 quilômetros de Macapá, foi a localidade onde houve a maior demanda de transporte de pacientes graves para a capital, por reduzir o tempo de viagem de 12 a 15 horas de barco para 40 minutos de voo, dando maiores chances de vida ao paciente.

O GTA foi criado em 2006, na primeira gestão do governador Waldez Góes, quando foi vinculado à Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Somente nos cinco anos em que esteve operando com helicóptero, o GTA atendeu quase 2 mil ocorrências de apoio ostensivo, resgate e salvamento. Ao todo foram 700 voos de patrulhamento.

Logo no começo, o GTA operava com uma aeronave alugada. A compra de um helicóptero próprio começou ainda no segundo mandato consecutivo do então governador Waldez Góes. Em 2010, ao deixar a gestão, Góes deixou recurso em caixa (cerca de R$ 6 milhões) para a compra da aeronave.

No entanto, na gestão anterior, o projeto não foi executado e o convênio quase foi cancelado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A gestão política da atual administração conseguiu contornar a situação e, em seis meses, licitou a compra de uma aeronave zero.

O investimento na aeronave, modelo Esquilo AS350B2, foi de R$ 12.329 milhões, sendo R$ 5.711 milhões da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), e R$ 6.617 milhões de contrapartida do tesouro estadual.

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