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'Eu agradeço a ajuda do Governo nesses dias difíceis de falta de água', diz moradora do Bailique, em Macapá

Aposentada Luciana dos Santos faz parte da população atendida com doação de água e kits de alimentos durante ação humanitária do Estado.

Por Cássia Lima
18/11/2023 09h00

Aposentada Luciana dos Santos, de 70 anos, vive na Vila Progresso desde que nasceu

"A vida mudou muito e hoje temos que lutar pelo mínimo para beber e comer", relata a aposentada e moradora da Vila Progresso, no Arquipélago do Bailique, Luciana dos Santos, de 70 anos. Ela faz parte da população atendida com a ação humanitária do Governo do Amapá na região.

A aposentada conta que vive na Vila Progresso desde que nasceu. Ela criou os dois filhos e antes vivia de agricultura na região, mas a situação mudou nos últimos 4 anos e se intensificou ainda mais nesses dois anos com a salinização da água e o fenômeno das terras caídas.

"Eu perdi a minha casa que a água levou, até hoje me dá um nervoso pisar na beira do rio. Eu sou aposentada e nosso dinheiro mal dá para sobreviver", conta dona Luciana.

Hoje, ela vive em outra casa que construiu mais dentro da Vila Progresso, os filhos já se mudaram para Macapá e ela conta que até o hábito de cultivar plantas foi afetado com a água salgada.

"Eu não posso mais nem cultivar minhas plantinhas porque tenho que priorizar água doce para a gente tomar. Então, eu agradeço a ajuda do Governo nesses dias difíceis que o básico falta aqui, faz muita diferença no pouco dinheiro que ganhamos", destaca a aposentada.

Atualmente, o Bailique sofre com a salinização da água do Rio, dificultando não apenas a pesca, mas a agricultura e o acesso à água potável. A própria água usada no banho é salgada, trazendo prejuízos para a pele e alergias, como desidratação e descamação.

A realidade difícil também é compartilhada pela pescadora Carmentila Ferreira Farias, de 43 anos. Ela também vive desde que nasceu na Vila Progresso. Ela conta que não pesca em frente à vila há dois anos.

"Aqui não dá mais peixe de água salgada e só conseguimos pescar muito longe daqui, quando vamos de barco. São dias na água até conseguir alimento. Essa situação nos afetou tanto que hoje estamos apenas sobrevivendo aqui", enfatiza.

A pescadora, os filhos e o marido coletam água da chuva para conseguir tomar banho. O hábito de lavar o cabelo, por exemplo, se tornou um luxo. Ela diz que já ficou quinze dias sem lavá-lo para economizar água.

"Nós sobrevivemos com muito pouco e essa ajuda do Governo é fundamental para quem não tem condições de ter água nem comida na mesa todo dia", conta Carmentila.

Desde o decreto do Governo do Amapá, o Estado está ofertando serviços de saúde, cidadania, assistência social, educação, além de ação humanitária com entrega de kits alimentícios, água potável, serviços da Companhia de Água e Esgoto (Caesa) e participação da CEA Equatorial com o programa Luz para todos. A ação conta também com a ajuda do senador Davi Alcolumbre.

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