Governo do Amapá realiza visitas técnicas nas escolas estaduais do Arquipélago do Bailique
A programação faz parte da ação humanitária no distrito de Macapá.
Visitas técnicas nas escolas estaduais buscam fortalecer educação nas 27 unidades escolares do Arquipélago
O Governo do Amapá realiza uma ampla programação da ação humanitária no Arquipélago do Bailique, distrito de Macapá. Os moradores da região sofrem com os fenômenos da salinização da água do Rio Amazonas e das Terras Caídas. Água mineral, alimentos, serviços de saúde e cidadania foram levados até às comunidades.
Na sexta-feira, 17, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) fez visitas técnicas buscando mapear melhorias para as 27 escolas estaduais do distrito. As unidades Itamatatuba, Manoel Pereira, Herculano, Franguinho, Julia Bruno, Bom Jardim, Claudio dos Santos e Escola Bosque foram as primeiras.
A equipe mapeou os índices das escolas, dificuldades técnicas, administrativas e desafios da educação na região, focando nas políticas educacionais e métodos de ensino-aprendizagem.
Para a secretária adjunta de Apoio à Gestão de Pessoas da Seed, Simone Guedes, o momento é de ajuda também para a educação do arquipélago.
"Estamos focando em protocolos, prestação de contas e ações metodológicas que garantam o acesso, a permanência e o sucesso do nosso aluno na escola. Nosso objetivo é trazer melhorias a curto e longo prazo para as comunidades do distrito", frisou Simone.
O Governo do Estado intensifica ajuda na região do arquipélago por meio de políticas públicas de saúde, assistência social, cidadania, lazer e educação. A ação tem também apoio do senador Davi Alcolumbre e participação da CEA Equatorial com o programa Luz Para Todos.
Desde a segunda-feira, 13, o Bailique já recebeu mais de 400 litros de água potável, mais de 2 mil kits de alimentos e serviços de saúde.
A merendeira Dilma Rodrigues Sardes, de 59 anos, trabalha há 25 anos na Escola Bosque. Ela conta que ainda não tinha visto essa mobilização pela região.
"Estou muito feliz em ver essa ajuda do governo em todos os setores. Precisamos disso mesmo pela situação que vivemos de água, alimentação e a ausência de alguns serviços. Saber que a Seed também está aqui e com soluções alegra a nossa comunidade escolar", enfatizou a merendeira.
Educação no Bailique
Em 2023, a Secretaria de Estado da Educação já entregou 3.103 mil livros ao Bailique, além de realizar capacitação de merendeiras, professores, gestores de escolas estaduais, fazer a 1ª Formação in loco do Programa Criança Alfabetizada para mais de 40 profissionais.
A Seed também intensificou as visitas técnicas, capacitação para diretores adjuntos quanto à adimplência escolar, e mais recentemente, conseguiu pela primeira vez custear a passagem, hospedagem e alimentação de 28 alunos do distrito para Macapá como suporte necessário para a participação deles nos aulões da Central do Enem e para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Ação humanitária
Desde o dia 12 de novembro, o olhar do Estado se voltou novamente ao Bailique para garantir suprimentos, saúde, cidadania e dignidade neste momento difícil em que passam as 52 comunidades, devido ao fenômeno da salinização dos rios, o que acarreta diversas dificuldades para aquela região.
No total, foram entregues 2 mil kits de alimentos e 18 mil litros de água mineral para famílias das 57 comunidades espalhadas por todo o arquipélago. Algumas famílias vieram até a Vila Progresso para retirar os kits, outras tiveram a ajuda na logística com líderes comunitários que levavam suas embarcações, e o representante era responsável para que os kits fossem entregues na própria vila daqueles moradores.
Durante a ação, também foram realizados atendimentos de saúde, consultas médicas, entrega de medicamentos, vacinação, serviço de ultrassonografia para a comunidade do Bailique. Os atendimentos seguem até este sábado, 18.
Água potável
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) fez a distribuição de 460 mil litros de água potável, vindos diretamente de Santana, para a região do Bailique. Equipes da instituição se dividiram em embarcações menores para realizar a distribuição nas comunidades do arquipélago.
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