Grupos de marabaixo, capoeira e batuque celebram o Dia da Consciência Negra no 28º Encontro dos Tambores
A programação da quarta noite de festejos marcou as comemorações do Dia da Consciência Negra com apresentações de grupos culturais tradicionais do estado.
A cultura negra amapaense foi festejada ao som das caixas de marabaixo.
Apresentações de marabaixo, batuque e capoeira celebraram o Dia da Consciência Negra, na segunda-feira, 20, durante o 28º Encontro dos Tambores, no Centro de Cultura Negra Raimunda Ramos, em Macapá. A programação conta com apoio do Governo do Estado e segue até domingo, 26, com shows, apresentações artísticas, exposições, empreendedorismo, e debates sobre igualdade racial.
Um dos participantes da festa é o tocador de caixa de marabaixo Filho Souza, de 46 anos, que faz parte do Grupo Herdeiros do Marabaixo, e contou que este ano está vendo uma festa como nunca viu antes.
“Boa parte da minha vida foi aqui nesse lugar, nessa festa, cantando e dançando, e esse ano é uma das melhores festividades que já participei, tenho orgulho da nossa cultura”, contou o autônomo.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 28º ENCONTRO DOS TAMBORES
A noite de festejo evidenciou o marabaixo, que é a expressão cultural mais importante do Amapá, reconhecida como patrimônio histórico e imaterial do Brasil desde 2018, pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). A tradição foi elaborada pelas comunidades negras do Amapá e é manifestada por meio de danças e cantigas, denominadas como ladrão.
A valorização dessa cultura vem passando de geração em geração, como destacou dona Joniana Araújo, de 43 anos, que faz parte do Grupo Raizes da Favela e trouxe seus filhos para participar da programação.
“Desde que eles são pequenos, eu trago eles para que eles possam participar e aprender a importância da nossa história, da nossa cultura. Eles são responsáveis por sustentar a nossa tradição”, contou Joniana.
A capoeira, tradicional manifestação afro-brasileira, também teve seu espaço, com a presença dos grupos Energia Pura, Quilombo Brasil e Vivência Capoeira.
Para Moisés dos Prazeres, de 36 anos, que acompanha com sua família todos os anos o Encontro dos Tambores ter esse momento de festejos é reafirmar as conquistas do povo negro.
“Toda essa festa celebra a resistência, a luta, a valorização da nossa identidade. Esse momento aqui mostra a nossa força, a força que emanada pela união do povo preto do Amapá vai fazer lutarmos ainda mais por uma vida digna e justa”, pontuou Moisés.
Valorização da Cultura Negra
O Governo do Amapá apoia a 28ª edição do Encontro dos Tambores, e garantiu aos grupos dos 16 municípios que estão participando da programação a hospedagem, alimentação, deslocamento e cachê pagos integralmente.
O Encontro dos tambores é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) com o Instituto Cultural Língua Solta e Grêmio Recreativo Piratas Estilizados e conta com o apoio e da ex-deputada estadual, Cristina Almeida, e do vereador Dudu Tavares, que destinaram recursos de emenda para a festividade.
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