Governo do Amapá envia mais de 20 toneladas de farinha para famílias indígenas de Oiapoque
A iniciativa faz parte da ação humanitária para os moradores da região, que sofrem com a praga nas plantações de mandioca.
A ação faz parte do decreto de situação de emergência, assinado em novembro pelo governador Clécio Luís
O Governo do Amapá iniciou nesta sexta-feira, 8, o envio de 20,5 toneladas de farinha de mandioca para as comunidades indígenas do município de Oiapoque, no extremo norte do estado. A iniciativa faz parte da ação humanitária para os moradores da região, que sofrem com a praga nas plantações de maniva, impossibilitando o plantio do alimento.
Cada família receberá 30 quilos de farinha. A estimativa é de 2,5 mil famílias sejam beneficiadas. A ação é uma das medidas que atende ao decreto de situação de emergência, assinado em novembro pelo governador, Clécio Luís.
"O nosso cronograma inicia a partir desta sexta-feira atendendo mais de 680 famílias nas regiões que foram afetadas pelo fungo. Essa logística conta com o apoio de vários parceiros, como a Força Nacional, que chegou esta semana no Amapá para somar conosco nesta ação. Até o final de dezembro, um segundo lote será entregue para atender mais regiões”, destacou o secretário de estado do Desenvolvimento Rural, Kelson Vaz.
Distribuição
A distribuição será feita a partir de sábado, 9, nas comunidades próximas à BR-156, a rodovia federal que conecta Macapá ao extremo norte do estado. Um total de 287 famílias pertencentes a 17 comunidades indígenas serão beneficiadas. Em seguida, será a vez de atender as famílias que vivem no entorno do rio Oiapoque.
A aquisição do produto foi realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), através da Cooperativa dos Moradores Agroextrativistas da Reserva do Baixo Cajari, com sede em Mazagão. Além disso, 96 famílias estão envolvidas diretamente na produção do alimento nas comunidades de Ajuruxi e Maracá.
Situação de emergência
Em novembro, o governador Clécio Luís assinou um decreto que declara emergência no estado em razão de doenças causadas por três fungos e uma bactéria em plantações de mandioca nas terras indígenas de Oiapoque, além da crise climática que afeta o Amapá.
As infestações nas plantações acontecem há, pelo menos, 10 anos na região, enfraquecendo o solo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No entanto,este ano, houve um aumento brusco e significativo das doenças infecciosas, causando um colapso na produção da mandioca e dos derivados.
A mandioca é a base da alimentação do povo da região de Oiapoque, que abriga 66 aldeias e uma população estimada em mais de 10 mil indígenas. Estudos identificaram que as pragas atingem todas as áreas de plantio e impactam quase toda a produção de farinha.
Ação humanitária
A operação de atendimento às famílias do município trabalha de forma integrada com vários órgãos de assistência pública do estado e também federais, como a Força Nacional, que atuarão para auxiliar nas ações humanitárias pelo Amapá. O envio atende à solicitação do governador do estado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Participam da ação a Conab, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e as comunidades do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque. Além disso, o Governo do Estado, representado pelas secretarias de Assistência Social, do Desenvolvimento Rural e dos Povos Indígenas.
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