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Governador Clécio Luís defende democracia em evento que marca um ano dos atos golpistas em Brasília

Cerimônia na segunda-feira, 8, contou com a inauguração de uma exposição que relembra os ataques de 8 de janeiro.

Por Fabiana Figueiredo
09/01/2024 07h00

Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF promoveram o evento 'Democracia Inabalada'

Há exatamente um ano, em 8 de janeiro de 2023, uma multidão invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em Brasília. O ataque antidemocrático foi lembrado nesta segunda-feira, 8, pelo Congresso Nacional, pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em um ato com a participação de uma série de autoridades. O governador do Amapá, Clécio Luís, ressaltou durante a cerimônia, a importância da defesa da democracia.

"Estamos aqui para participar da democracia inabalada, para lembrar o 8 de janeiro, de uma tentativa de golpe e vandalismo e, sobretudo, um atentado contra a democracia. Esse ato é realizado hoje para nos lembrarmos e não esquecermos mais e não permitirmos que novos 8 de janeiro aconteçam", afirmou o governador, que participou do evento Democracia Inabalada, no Congresso Nacional.

Clécio Luís reforçou ainda, durante entrevista à TV Senado, que o ato foi extremamente importante, necessário e pedagógico. "Ele foi na medida, não foi arrogante e nem panfletário. Foi sereno e firme, que serve claramente para dizer que o que aconteceu não pode se repetir. Fatos como a tentativa de golpe e vandalismo, essa mistura explosiva, não pode voltar a acontecer", destacou. 

Só na sede do STF, por exemplo, os atos resultaram em um prejuízo estimado em R$ 11 milhões. O plenário da Casa foi reaberto em fevereiro de 2023, um mês depois do ataque. Mais de 1,3 mil ações foram abertas no STF contra acusados de envolvimento no ataque. Até este 8 de janeiro, 30 réus foram condenados e outros processos estão em curso.

No evento, o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, pontuou que a coragem de parlamentares, governadores, ministros da Suprema Corte, militares legalistas e, sobretudo, da maioria do povo brasileiro, garantiu a celebração da "vitória da democracia sobre o autoritarismo" neste 8 de janeiro.

"Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas", declarou Lula.

Resposta imediata

Num ato pela defesa da democracia e pelas instituições políticas e constitucionais do país, um dia após os ataques a República, o governador Clécio Luís participou em Brasília, de um encontro com o presidente Lula, governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), presidentes do Senado e da Câmara Federal, além de líderes do governo no Congresso, em 9 de janeiro de 2023.

"Esse encontro firmou uma espécie de solidariedade federativa. Com isso, fortalecemos o estado democrático de direito. Os símbolos da República foram violentados brutalmente. Estando aqui, vendo de perto, parece que o local foi atacado por bombas", disse o governador à época.

As autoridades caminharam na região da Praça dos Três Poderes, na capital do Brasil, conferindo os estragos provocados pelos criminosos, que destruíram diversos bens do Palácio do Planalto e dos prédios do Congresso e do STF.

Neste 8 de janeiro, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, pontuou que a depredação das sedes dos três poderes não foi um mero acidente de percurso, mas um ataque meticulosamente preparado, com anos de ataques às instituições, ofensas aos integrantes, ameaças de naturezas diversas e disseminação do ódio e de mentiras.

"Estamos todos reunidos aqui hoje para renovar a nossa crença na democracia, na harmonia entre os Poderes. Que venha um tempo de pacificação no qual as pessoas que pensem de maneira diferente, possam se sentar na mesma mesa e expor os seus argumentos em busca da melhor solução, sem se ofenderem ou se desqualificarem. Nós precisamos de um choque de civilidade no país. Ódio, mentiras e golpismo nunca mais. Que todos os brasileiros, liberais, progressistas e conservadores possam se unir em torno dos denominadores comuns que estão na constituição. Ninguém tem o monopólio do patriotismo, ninguém tem o monopólio do amor ao Brasil", afirmou o presidente do STF.

Amapá envia ajuda

No dia seguinte aos ataques, o Governo do Amapá se colocou à disposição para ajudar na segurança pública do Distrito Federal, enviando 20 policiais, entre homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Força Tática e militares treinados e preparados pela Instituição de Nivelamento de Conhecimento (INC) da Força Nacional.

O envio de militares foi um ato simbólico que reafirmou o compromisso permanente do Governo do Estado com a defesa da democracia e contra as ações extremistas que ocorreram na capital do país.

Comitê estratégico

Logo após os atentados, o governador Clécio Luís e o vice-governador, Teles Júnior, se reuniram com representantes de órgãos da Segurança Pública; Ministério Público (MP); Justiça; e Poder Legislativo, que, juntos, criaram o Comitê Estratégico Institucional e Intersetorial para evitar atos antidemocráticos no estado.

No Amapá, um acampamento montado em frente ao 34º Batalhão de Infantaria e Selva foi desmobilizado sem resistência por parte dos manifestantes.

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