Governo do Amapá reforça parceria com o Ministério da Justiça e inicia 'Operação Protetor da Fronteira'
Iniciativa está inserida no Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas.
O objetivo da Operação Protetor da Fronteira é manter o policiamento ostensivo e preventivo nas regiões fronteiriças
Como parte das políticas de proteção ao cidadão e combate à criminalidade no Amapá, o Governo do Estado reforçou a parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e iniciou a "Operação Protetor da Fronteira". A iniciativa segue os mesmos padrões da Operação Hórus e Paz e intensifica o trabalho policial nas fronteiras do Brasil.
A operação está inserida no Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ). O objetivo é manter o policiamento ostensivo e preventivo para as regiões de fronteira com outros países e divisas com outros estados, além de ações de inteligência, investigação, repressão e prevenção às ocorrências de mortes violentas intencionais, com maior presença das forças de segurança nessas áreas do Amapá.
"Já iniciamos a operação Protetor da Fronteira em nosso estado, que contempla especificamente, pela localização, Oiapoque, Calçoene, Pedra Branca e Laranjal do Jari. Santana, apesar de não ser um município fronteiriço, permanece com as ações preventivas e ostensivas na cidade, assim como a capital, Macapá", detalhou José Neto, secretário de Estado da Segurança Pública.
Este ano as operações ganham ainda o reforço tecnológico, com o uso de drones, adquiridos através dos alinhamentos diretos do governador Clécio Luís junto ao Governo Federal, que já foram colocados em operação tática durante as festas de fim de ano.
No Amapá, citado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, como um exemplo do trabalho conjunto das forças de segurança, as investidas para as operações de 2024 seguem com as mesmas estratégias de integração.
A expectativa, de acordo com o secretário José Neto, é que a Operação Paz esteja ativa novamente em fevereiro. "Para este ano, estamos com o mesmo empenho das equipes e aguardamos, a partir de fevereiro, o retorno da Operação Paz. Importante contar com esse reforço que tem um reflexo direto, principalmente na segurança da população", informou o gestor.
Além das instituições operacionais e investigativas, as operações contam com o apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Coordenadoria de Inteligência e Operações (Ciop), interligadas a outros setores de inteligência das instituições vinculadas à Secretaria de Segurança.
Para o coordenador estadual das operações no Amapá, coronel Costa Júnior, um dos destaques dos trabalhos foi a diminuição dos incidentes violentos no município de Santana, que gerou preocupação das autoridades no final de 2022 e início de 2023, quando apresentou números elevados de mortes.
"Logo no início das operações, nós tínhamos Santana como o município mais violento do estado. Com as tratativas entre o Governo do Estado e o Governo Federal, no sentido de aplicar a operação Hórus em Santana, conseguimos diminuir a violência naquela cidade. A gestão administrativa trouxe resultados positivos, pois potencializou as operações que já eram executadas e, com isso, os índices criminais foram reduzindo", avaliou o coordenador.
Balanço
Para fechar o ciclo das operações Hórus e Paz no Amapá, a Sejusp apresentou também nesta segunda-feira, 8, um balanço final das atuações conjuntas no decorrer de 2023. Foram utilizados mais de 2,7 mil agentes públicos, com o pagamento de mais de R$ 7 milhões em diárias de serviço extra remunerado.
Nas ruas foram realizadas em torno de 34 mil abordagens policiais e montadas mais de 1,4 mil barreiras estratégicas, o que representou a abordagem de mais de 15 mil veículos.
As operações contribuíram ainda com a apreensão de 82 armas de fogo, das 539 apreendidas durante todo o ano de 2023 pelas forças policiais. Outra investida importante dos trabalhos foi a retirada de mais de 2,2 mil porções e mais de 70 quilos de entorpecentes do tráfico de drogas.
Ainda como parte das atribuições táticas, foram realizadas 267 prisões e cumpridos 179 mandados diversos. Dentro das delegacias, foram 261 Boletins de Ocorrências (BOs) gerados e mais de 3,6 inquéritos concluídos.
"Tivemos o cumprimento de uma demanda reprimida dos inquéritos que estavam ainda pendentes de conclusão. Foram 3.693 procedimentos concluídos com indiciamento, com representações preventivas, cautelares e demais procedimentos. Enfim, um ganho muito grande que vamos trazer para 2024, com uma eficiência ainda maior, com reforço, com integração e com a política de segurança pública focada realmente no resultado", avaliou Cezar Vieira, delegado-geral de Polícia Civil.
Uma ferramenta importante, que pela primeira vez foi incluída em operações federais no estado, e que contribuiu para os dados apresentados foi o trabalho pericial da Polícia Científica do Amapá (PCA), que realizou mais de 400 análises no âmbito da Hórus e Paz.
"Sempre demos suporte aos trabalhos das nossas forças, mas a inclusão de servidores com pagamentos de diárias, integrada às outras instituições, foi a primeira vez. Pudemos realizar mais de 400 perícias. Lembrando que essas perícias tiveram desdobramentos, então é um trabalho constante e minucioso até a emissão dos laudos que são encaminhadas a Polícia Civil para a conclusão do inquérito, por exemplo, dando a resposta positiva que a sociedade merece", avaliou Marcos Ferreira, diretor-presidente da Polícia Científica.
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