‘Orgulho de participar de uma iniciativa tão bonita’, celebra estudante sobre projeto científico do Governo do Amapá
Ana Paula Nobre, de 17 anos, é uma das quatro alunas da rede pública estadual que vão estudar sobre o impacto das chuvas em bairros de Macapá.
Iniciativa busca estimular o contato de alunas da rede pública com as áreas das ciências
Incentivando a iniciação científica, o projeto ‘Meninas da Chuva’, promovido pelo Governo do Amapá, busca compreender o impato das precipitações nas comunidades locais. Estudar o fenômeno natural foi o que motivou a estudante Ana Paula Nobre, de 17 anos, a participar das pesquisas.
“Eu gosto de ciência desde os meus oitos anos. Eu entrei porque gosto da chuva, do tempo, e porque também eu amo o mundo pesquisa. Quando surgiu a oportunidade de fazer a percepção do tempo aqui do estado, eu achei muito legal”, comenta Ana.
Ana Paula é aluna da Escola Estadual Professora Risalva Freitas Do Amaral, na Zona Norte de Macapá. A adolescente sempre amou a ciência e ficou feliz em fazer parte do projeto. Para ela, a iniciativa não só estimula o interesse pelos estudos, mas também ajuda a reduzir as barreiras para o acesso de meninas e mulheres à iniciação científica.
“Me sinto representada, eu acho que a palavra que descreve esse momento, é reconhecimento. Desde pequena gosto de ciência, cada vez que vejo mais mulheres neste espaço, me sinto representada. Eu sinto muito orgulho do meu estado por ter promovido essa iniciativa tão bonita”, celebra a jovem. Mulheres na Ciência
A estudante Izabelly Rodrigues, de 17 anos, não esconde as expectativas para o projeto que irá se prolongar durante todo o mês de janeiro. Uma das quatros ‘Meninas da Chuva’, a adolescente conta que é a primeira vez que tem a oportunidade de participar de um estudo científico só para meninas.
“Minha expectativa aumenta a cada aula. Cada pessoa tem sua percepção da chuva, que gera diversos sentidos na vida de cada um. Às vezes, as mulheres não sabem o real potencial que elas têm, por verem o mercado cheio de homens, podem pensar que ‘não é pra mim’, mas aí vem o projeto e diz ‘é sim pra você'”, afirma a estudante da Escola Professor Rodoval Borges Silva, em Santana.
A instrutora do projeto, Jaqueline Homobono, afirma que a iniciativa busca integrar a realidade social das jovens com o conhecimento que elas já possuem, criando assim, novas ideias.“A gente tenta fazer com que o conhecimento delas, cultural, tradicional, possa ser sim um indicador, uma variável importante dentro da pesquisa, e elas possam identificar que a ciência não está dentro apenas de um laboratório, ela está em tudo que a gente vê. Eu acredito que é esse o sentido do projeto e, principalmente, da participação das meninas”, destaca a coordenadora.
Meninas da ChuvaVoltado apenas para mulheres, a imersão científica faz parte do programa federal ‘Futuras Cientistas’ do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que busca estimular o contato de alunas e professoras da rede pública de educação com as áreas das ciências, a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional.
O objetivo é promover a participação de professoras e estudantes do ensino médio no campo das ciências por meio da aproximação com centros tecnológicos e instituições educacionais de pesquisa, além de desenvolvimento do pensamento e das atividades científicas transdisciplinares, reduzindo barreiras para o acesso e permanência de meninas e mulheres nos espaços científicos.
Em 10 anos, o projeto alcançou resultados importantes, como 70% das participantes do programa aprovadas em vestibulares. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia. As frentes de atuação têm início no ensino médio e seguem até o ensino superior.
O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e contempla quatro alunas da rede pública de ensino, selecionadas por meio de edital aberto, lançado em 2023.
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