Governo do Amapá envia 2,4 mil kits de alimentos e 40 mil litros de água para o Bailique, em Macapá
O envio faz parte da ação humanitária contínua devido aos efeitos da estiagem nas comunidades rurais do estado.
A ação humanitária busca atender a população atingida pelos fenômenos das terras caídas e de salinização das águas do Rio Amazonas
O Governo do Amapá iniciou na sexta-feira, 19, o embarque de 2,4 mil kits de alimentos e 40 mil litros de água mineral para o arquipélago do Bailique, distrito pertencente a Macapá. Os trabalhos fazem parte da força-tarefa criada para amenizar as consequências sociais e econômicas da estiagem que atingiu o estado em 2023.
A ação humanitária atenderá comunidades como Vila Progresso, Itamatatuba, Foz do Gurijuba, Carneiro e Arraiol. As equipes vão se dividir em embarcações menores para realizar a distribuição dos mantimentos. O embarque acontece até este domingo, 21. Já a distribuição dos kits de água está programada para iniciar na quarta-feira, 24.
Além da estiagem, o arquipélago do Bailique é atingido pela salinização do Rio Amazonas e pela erosão, também conhecida popularmente como 'terras caídas'. Todos esses fenômenos geram impactos para os moradores, especialmente os que dependem da pesca e da agricultura familiar.
“Essa ação tem uma importância substancial para essas famílias, que não têm como captar água em função da salinização que segue acontecendo. É por isso que o Governo vem distribuindo essa água todos os meses, para que essas famílias não passem nenhum tipo de necessidade. Também serão distribuídas as cestas básicas que vêm para suprir a carência de alimentos sofridos pela população rural que acabou diminuindo sua produção devido à estiagem”, explica o major da Defesa Civil do Amapá, Wagner Reis.
A ação é coordenada pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), junto com a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e a Defesa Civil.
Desde janeiro do ano passado, o Governo do Estado vem desenvolvendo esforços para garantir o acesso à água potável aos moradores do distrito de Bailique. A Caesa realizou um levantamento socioeconômico envolvendo quase 2 mil famílias de 38 comunidades do arquipélago. Cada uma delas foi atendida com caixas d'água com capacidade 2 mil litros de armazenamento de água doce.
Para acompanhar mais de perto a realidade dos moradores, a Companhia implementou uma base na localidade, com escritório e equipes de pessoal, incluindo profissionais como operadores e encanadores.
O espaço conta, ainda, com um laboratório e equipe técnica para análise da água no local, garantindo a qualidade do líquido que abastece a região. Foram distribuídos mais de 1,3 milhão de litros de água potável para 52 comunidades do arquipélago e para a Vila do Sucuriju, distrito do município do Amapá, que também enfrenta a salinização.
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