'No Afro Mulher aprendi que podemos ganhar dinheiro com sementes e folha de bananeira', diz formanda do curso de biojoias
Ana Oliveira participou do projeto do Governo do Estado, que encerrou sábado, 27, e capacitou 120 mulheres negras do Conjunto Macapaba.
Os produtos foram apresentados durante a Expo Afro, na quadra da Escola Estadual Antônio Munhoz, que contou com feira de empreendedorismo e atrações culturais
O Governo do Amapá capacitou 120 mulheres negras do Conjunto Habitacional Macapaba, na Zona Norte de Macapá, através de cursos profissionalizantes do projeto “Afro Mulher”, promovido pelo Governo do Estado. O encerramento das atividades aconteceu na quadra da Escola Estadual Antônio Munhoz, dentro do residencial, neste sábado, 27, e foi marcado por feiras de empreendedorismo, desfile e atrações culturais durante a “Expo Afro”.
Para a moradora do residencial Macapaba, Ana Oliveira, de 61 anos, que se formou no curso de biojóias, o projeto foi uma oportunidade de aprender técnicas diferentes e criativas para valorizar as peças e os produtos, aumentando a possibilidade da geração de renda extra para o sustento.
“No Afro Mulher aprendi que podemos ganhar dinheiro com sementes e folha de bananeira. Dá para fazer acessórios lindos com essas matérias primas que muitas vezes são descartadas pela gente. Hoje estou feliz em ter aprendido tanta coisa nova, pois é muito bom ocupar a mente e ainda faturar uma grana extra”, relatou.
A acadêmica de Engenharia de Pesca, Soraia Damasceno, 40 anos, exibia com orgulho sua camiseta feita durante o curso de serigrafia. De acordo com a estudante, que ainda não tem um emprego fixo, ela viu na capacitação uma oportunidade de empreendedorismo.
“Já estou fazendo minhas estampas e pretendo além de fazer artes afro, também algo voltado para anime, pois amo esse universo. Em breve estarei com minha loja virtual nas redes sociais e desde já estou aceitando encomendas”, revelou Soraia, com sorriso no rosto.
Para a estudante de Física, Vanessa Ferreira, de 24 anos, o curso de maquiagem era um sonho, ela já praticava as técnicas de maneira amadora, porém com o treinamento pode aprimorar os conhecimentos.
“No curso vi que tudo o que eu pensava que sabia não estava correto, aqui pude aprimorar todo o meu talento e aprender técnicas novas e eficazes para essa profissão. Durante as festas de fim de ano já pude exercer todo meu conhecimento e faturar uma boa grana com a maquiagem. Estou muito feliz com essa oportunidade”, descreveu.
O projeto “Afro Mulher” é coordenado pela Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), tem como principal objetivo garantir a implantação, efetivação e ampliação das políticas públicas de igualdade racial
A ação também é desenvolvido em parceria com uma grife de moda afro-amapaense Zwanga Fashion, com a ideia de estimular a geração de renda e independência financeira para mulheres negras através de cursos profissionalizantes.
Na edição deste ano as vagas foram ofertadas para 120 participantes que foram capacitadas gratuitamente em cursos como de trancista, maquiadora, biojoia, serigrafia e corte e costura.
O projeto
A iniciativa integra o programa Amapá Afro, instituído em âmbito estadual pela Lei 1.519 de 2010. Trata-se de um grande programa que prevê ações permanentes para populações negras, quilombolas e tradicionais do Amapá, para garantir a igualdade racial em diferentes setores como: educação, cultura, saúde, habitação, infraestrutura, saneamento básico e diversos outros.
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