Governo do Amapá alinha reforço no acolhimento de vítimas de assédio e violência durante o Carnaval 2024
Órgãos que integram a Rede de Atendimento à Mulher reforçaram ações de acolhimento no período.
Mapeamento de dados e ações educacionais serão ampliadas no período
Após primeira reunião do ano, Governo do Amapá e órgãos que integram a Rede de Atendimento à Mulher (RAM), apresentaram o planejamento de ações para o Carnaval 2024 com alinhamento e reforço do fluxo de apoio às mulheres. A reunião buscou aprimoramento e continuidade dos serviços ofertados.
O ponto focal foi o apoio às vítimas de violência, além de debates sobre o mapeamento de dados da violência no estado, reforço nas ações educacionais e treinamentos humanizados para fortalecimento da RAM durante o período carnavalesco.
"Importunação sexual no período do Carnaval, infelizmente ainda é um assunto recorrente. O Governo do Estado vem trabalhando incansavelmente no combate à violência contra o público feminino e, com a união dos órgãos que compõem a RAM, vamos conseguir levar ainda mais proteção, acolhimento e serviços às mulheres, não apenas no período do Carnaval, mas em todos os dias do ano", ressaltou a secretária de Políticas para Mulheres, Adrianna Ramos.
A reunião contou com participação da Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM), que coordena a RAM e órgãos da segurança, como Secretaria da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) e Delegacia Especializada em Crimes Contra à Mulher (DCCM).
"Este é um trabalho fundamental; só vamos conseguir fazer um combate mais eficaz à violência de gênero através da integração de toda a RAM. Essa foi uma reunião muito produtiva onde buscamos reforçar o trabalho no carnaval, principalmente contra o assédio, lembrando que quando uma mulher diz ‘não, é não’ e isso precisa ser respeitado”, reforçou o secretário adjunto da Sejusp, Marko Scaliso.
A rede também é integrada com as Delegacias, pontos de início desse atendimento especializado. A busca nesses locais é garantia dos direitos das vítimas e a oferta de um atendimento célere.
"A nossa função é encaminhar as vítimas e fazer o nosso papel bem feito, mas para isso é importante ter o direcionamento correto e garantir um atendimento de maneira mais rápida e dando acolhimento de maneira humanizada e respeitosa às vítimas", destacou a delegada titular da DCCM, Marina Guimarães.
Números
A Secretaria de Políticas para Mulheres (Sepm) apresentou dados da plataforma criada para monitorar a violência às mulheres, colhidos através do Observatório da Mulher, gerenciado pelo Governo do Estado.
A plataforma contabilizou, no último ano, 686 casos de violência acompanhados, número que aumentou em comparação a 2022. A ideia é alcançar ainda mais mulheres e realizar o cruzamento de dados com as demais instituições que compõem a RAM.
ACESSE O OBSERVATÓRIO DA MULHER
Um dos órgãos da RAM que recebe muitas demandas é o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes). De acordo com o coordenador, Diego Alves Gatinho, a violência contra a mulher ganha um destaque com 20% dos atendimentos realizados, perdendo apenas para a perturbação do sossego.
"A gente precisa que os órgãos trabalhem em conjunto, porque o tempo resposta de atendimento à vítima de violência doméstica precisa ser o menor possível, pois cada segundo impacta no resultado que temos. Os dados estatísticos são parte fundamental do processo de mapeamento da violência e nos ajudam a direcionar políticas públicas para o público feminino", explica o coordenador.
Rede de Atendimento à Mulher
Em 2023, a Lei Nº1.764/13, que estabelece a RAM, completou 10 anos e entrou em atualização. A Gerência de Articulação da rede funciona dentro do prédio administrativo da Secretaria de Políticas para Mulheres (Sepm), na Rua São José 1570, Centro de Macapá.
O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h. O telefone para contato é (96) 98402-7649. São ofertadas gratuitamente uma série de serviços sociais, como assistência jurídica, médica, social, psicológica e fisioterapêutica.
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