Governo do Amapá promove capacitação em atendimento inclusivo nos projetos sociais da Segurança Pública
Curso busca qualificar instrutores para atender de forma acolhedora, crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.
Qualificação do Governo do Amapá possibilita aos instrutores conhecer e difundir o sentido de 'ser acessível'
Para garantir mais atenção, dignidade e respeito ao cidadão de grupos sociais vulneráveis que buscam os órgãos de defesa do estado, o Governo do Amapá instituiu em 2023, o Protocolo de Atendimento Humanizado na Segurança Pública. Dentro desta iniciativa, iniciou nesta terça-feira, 20, o curso de "Práticas de Inclusão nos Projetos Sociais da Segurança Pública", que segue até a próxima sexta-feira, 23.
A capacitação inédita, coordenada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através da Coordenadoria de Segurança Comunitária, tem objetivo de qualificar 40 servidores e instrutores de projetos sociais das forças de defesa social, para atender de forma acolhedora e inclusiva, crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.
Participam da qualificação agentes da Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros (CBM), Polícia Civil (PC) e Sejusp.
O secretário adjunto de Segurança Pública, Marko Scaliso, explicou que os próprios instrutores sentiram a necessidade de aprimorar os conhecimentos quando se trata do trabalho desenvolvido com o público específico, para que possam oferecer o melhor atendimento aos alunos de projetos sociais.
Scaliso enfatiza ainda que, essas ações educativas entre agentes públicos e comunidade é o elo mais forte contra a criminalidade.
"Um dos programas prioritários do Governo do Amapá, são os projetos sociais, e nós temos vários projetos em andamento, tanto diretamente na Secretaria de Segurança Pública, quanto nas instituições vinculadas. Reforçamos que os projetos sociais são a forma de um Estado estar presente e não deixar que os grupos criminosos aliciem essas crianças e adolescentes", esclareceu o secretário-adjunto.
Capacitar para incluir
O sargento da PM, Moacir Borges que faz parte da Diretoria de Ação Social e Cidadania da Polícia Militar (Dasc), no Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), conta que ter a oportunidade de aprender a tratar de maneira correta pessoas com deficiências físicas é essencial tanto para o instrutor, que se sente mais seguro em repassar os conteúdos dos projetos, quanto para o aluno, que se sente incluído no decorrer de todo o processo de aprendizagem.
"Para nós, que atuamos nos projetos sociais, promover essa inclusão, trabalhar com esse público, que já foi muito discriminado, é gratificante. Ser um agente de combate também, a desigualdade na sociedade, para que esses alunos tenham a mesma oportunidade de estar nos projetos sociais, não só da Polícia Militar, como também de todos os órgãos da segurança pública", disse Borges.
Outro agente público que acredita na capacitação como um avanço para a sociedade, é o capitão Emerson Marques, coordenador dos projetos sociais do Corpo de Bombeiros.
"Hoje, é um marco para a corporação, porque quando ingressamos para ser bombeiro, não temos um curso, não tem instrução para trabalhar com crianças, com jovens e adolescentes. Então agora essa capacitação é extremamente importante porque poderemos tirar dúvidas, entender como coordenar um jovem, como lidar com uma criança, principalmente as que são especiais. Trabalhar essa temática com projetos sociais, é a primeira vez que seremos capacitados", explicou o capitão.
Formação de cidadãos
Além dos representantes das instituições de Segurança Pública, autoridades da sociedade civil organizada, como dos Conselhos Estaduais da Pessoa com Deficiência e dos Direitos da Criança e Adolescente, também estiveram na solenidade abordando a relevância de agregar experiências positivas para o público de crianças e jovens que muitas vezes não conseguem a oportunidade de fazer parte de projetos sociais, devidos às suas necessidades e/ou a falta de conhecimento dos instrutores.
Inailza Rosário Silva, conselheira dos Direitos da Criança e Adolescente no Amapá, explanou sobre a essencial contribuição do poder público em formar cidadãos que se sintam importantes e capacitados para exercer seu papel na sociedade.
"Quando eu olho esse slogan Segurança Humanizada, isso me deixa muito feliz, porque é isso que queremos, é isso que buscamos o tempo todo. Todo o reflexo do conhecimento adquirido durante o curso será lá no final sentindo na família dessas crianças e adolescentes, que terão seus direitos garantidos, com vocês, instrutores mostrando que eles podem crescer saudáveis contribuindo para uma sociedade melhor, mais justa e mais humanitária", discursou a conselheira.
A representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Nelcirema Pureza Ferreira, considerou que saber se comunicar, ao menos, com a pessoa que tenha algum tipo de deficiência é essencial para transpor a barreira de atender corretamente esse público, combatendo a falta de acessibilidade institucional e comportamental.
"Eu vejo a preocupação da Secretaria de Justiça e desse projeto, no sentido de possibilitar aos servidores o 'ser acessível'. Estamos experimentando um momento único e importante na segurança e defesa social amapaense. Que cada servidor tenha a possibilidade de estar sendo inclusivo, de aprender a ser acessível", exclamou Nelcirema.
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