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Março de Lutas: ‘Abri as portas’, diz motorista de carreta e primeira mulher contratada em empresa de transporte no Amapá

Bianca Alves, conta que enfrentou preconceito para conquistar espaço na condução de grandes veículos.

Por Andreza Teixeira
12/03/2024 10h30

A motorista também dirigiu ônibus, caminhão de pequeno porte, até que se encontrou ao chegar na ‘carreta tritrem’

Como parte das ações do "Março de Lutas", pelo mês da mulher, o Governo do Amapá destaca histórias inspiradoras de mulheres que desafiaram áreas, antes dominadas apenas por homens. Primeira mulher contratada como motorista de carreta na empresa que trabalha, Bianca Alves, de 39 anos, conta que ao entregar currículo, os funcionários desacreditaram que seria como candidata para vaga, perguntaram se estava levando do meu marido.

“Eu abri as portas para outras mulheres, enfrentei o preconceito, mas hoje somos quatro motoristas na empresa de transportes. Acho que pela curiosidade me contrataram, e hoje estou aqui, amo dirigir minha carreta, ela é minha paixão”, diz a carreteira.

Bianca relembra que começou a procurar emprego desde muito nova e tirou sua habilitação cedo. Foi motorista de ônibus, caminhão, mas se encontrou na ‘carreta tritrem’, composta por um caminhão trator e três reboques. “Estou há quatro anos na empresa, eu amo dirigir veículos grandes. Entro na carreta e me sinto em paz. Às vezes nos achamos tão incapazes e não é assim, eu por exemplo, jamais me imaginei dirigindo uma carreta de 30 metros”, conta a motorista.  
 
Mas Bianca não é a única, Juliana Araújo, de 27 anos, também conta que foi desafiante ingressar na carreira, que começou por acaso. A intenção era trabalhar como embaladora de uma distribuidora, mas como já tinha habilitação na categoria D, a oportunidade surgiu e começou a dirigir o “caminhão Muck”, conhecido como guindauto, um equipamento de grande porte utilizado para operações de descarga e o içamento de cargas.

“Escolhi a categoria D por falta de oportunidade. Meu primeiro emprego de motorista, foi em uma distribuidora, depois fui motorista de transporte coletivo e foi quando tive a certeza da profissão que eu escolhi para exercer, hoje eu sou motorista operadora de muck, foi difícil no começo, mas hoje sou apaixonada pelo o que eu faço”, afirma a operadora.

Adriana Matos, de 46 anos, mãe de quatro filhos, dirige desde 2013 e vive somente da renda das corridas que faz como mototaxista, há sete anos. A motorista conta que apesar de formada na área da saúde, é apaixonada pelo que faz.

“Logo quando surgiu a oportunidade de ser mototaxista, segurei. Eu tinha uma moto e estava desempregada, hoje eu amo isso, é de onde tiro o meu sustento, faço meu horário, sou minha chefe”, disse a mototaxista.

Mulher no trânsito

São inúmeras lutas, conquistas e contribuições das mulheres, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) reconhece aquelas que estão na linha de frente do trânsito: as mulheres motoristas.

Seja nos afazeres do cotidiano, seja atuando como condutoras remuneradas, elas estão na direção e são peritas em segurança. Na luta contra o preconceito, as mulheres se destacam como cuidadosas e atenciosas no trânsito.

De acordo com a Resolução Contran Nº 1.000, março é mês da ‘Mulher no Trânsito’, momento de valorizar a mulher que se destaca como uma condutora zelosa.

Mulher no trânsito significa destacar os desafios específicos enfrentados pelas mulheres no trânsito, como assédio, violência e discriminação. Visando promover a igualdade de gênero no transporte, incentivando políticas e práticas que garantam um ambiente seguro e inclusivo para todas as mulheres, seja como motoristas, passageiras ou pedestres.

É uma oportunidade para destacar a contribuição das mulheres para a segurança viária e para promover a conscientização sobre os direitos das mulheres no trânsito.

 

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