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Governo do Amapá leva atendimento emergencial para 290 trabalhadores da Fazendinha, em Macapá

Trabalhadores tiveram queda nas vendas e enfrentam dificuldades na região. O cadastro e a triagem aconteceram na Escola Estadual José do Patrocínio.

Por André Silva
18/03/2024 15h56

Cozinheiros, garçõns, balconistas e barmans foram mapeados para ter acesso a kits de alimentos

O Governo do Amapá levou serviços de assistência social nesta segunda-feira, 18, para trabalhadores do complexo da Fazendinha, na Zona Sul de Macapá, que tiveram queda brusca na renda após parte da praia do local ser fechada para os turistas.

Na última sexta-feira, 15, o Governo do Amapá reuniu com donos de restaurantes e representantes da comunidade e definiu ações de atendimento da comunidade.

Cerca de 290 empreendedores foram mapeados pela Associação de Bares e Restaurantes da Fazendinha, que inclui cozinheiros, garçons, balconistas e barmans, passaram por uma triagem realizada pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) e foram beneficiados com kits de alimentos.

O cadastro e a triagem aconteceram na Escola Estadual José do Patrocínio, na Zona Sul de Macapá, onde também é realizada análise e encaminhamento para programas como Renda Emergencial, válido por 90 dias, além de Aluguel Social e Renda Para Viver Melhor, direcionado em casos identificados no local.

A iniciativa busca mitigar os impactos econômicos na região, garantindo suporte financeiro temporário aos trabalhadores afetados até que a situação se normalize.

“Nós trouxemos duas ações: uma do Amapá Sem Fome, que é um alívio imediato, garantindo uma segurança alimentar para eles, e o Acolher Amapá, onde temos programas emergenciais, que garantem um acolhimento digno para os moradores da Fazendinha”, explicou a secretária de Assistência Social, Aline Gurgel.  

De acordo com o presidente da Associação, Walter Boulhosa, os restaurantes tiveram quedas que chegam a até 90% no faturamento. Segundo ele, alguns empreendimentos enfrentam dificuldades para manter as contas em dia.  

“Alguns trabalhadores dependem das diárias, dos seus salários para sobreviver. Não tem renda no empreendimento, também não tem como pagá-los. Para quem está passando por necessidade e está sem trabalhar, isso vem ajudar muito. Agradeço a sensibilidade do Governo do Estado”, destacou Boulhosa. 

Dificuldade

A cozinheira Erika Souza, de 37 anos, reforça a queda no movimento. Sendo mãe solteira e com três filhos, a cozinha é o que mantém a casa, contudo, com o movimento atual, ela teme perder o emprego. 

“Todos estávamos esperando uma ajuda e graças a Deus essa apareceu. Infelizmente não veio de onde deveria ter vindo, mas agradecemos pelo Governo estar ajudando”, disse a cozinheira. 

O garçom Laércio Portilho, de 32 anos, disse que o dono do estabelecimento onde trabalha chega a pensar duas vezes antes de abrir o restaurante. Segundo ele, há dias em que não se vende nada. 

“Tem dias que a gente não vende nem uma água de 500ml. Estou a dois meses sem pagar aluguel por falta de dinheiro. Quem trabalha na Fazendinha tá sentindo o que está acontecendo”, conta o garçom.

Medidas emergenciais

Após o atendimento emergencial, será feita uma nova reunião com empreendedores, trabalhadores informais e funcionários para tratar de soluções para diminuir os impactos econômico e social, envolvendo a Agência de Fomento do Amapá (Afap); Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete); Corpo de Bombeiros Militar; Polícia Civil; CEA Equatorial e Companhia de Água e Esgoto do Amapá (CSA).

 

 

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