Escola Estadual Predicanda Lopes promove aula especial em celebração da cultura indígena, em Macapá
Estudantes puderam participar da exibição de filmes, rodas de conversa e práticas de pintura corporal.
A ação aconteceu com as turmas de Educação de Jovens e Adultos da unidade
Os estudantes da Escola Estadual Predicanda Lopes participaram de uma aula especial de celebração da cultura e identidade indígena, em Macapá. Com direito a exibição de filmes, rodas de conversa e práticas de pintura corporal, a iniciativa está alinhada com o Plano de Governo da gestão, que apoia políticas públicas de respeito e celebração dos povos tradicionais.
Cerca de 35 estudantes indígenas frequentam a unidade de ensino nos três turnos. A atividade aproximou os alunos das etnias que habitam o território amapaense, e aconteceu com as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com a coordenadora pedagógica da unidade, Keyla Vasconcelos, a ação concluiu um mês de programações dentro de sala de aula.
“Celebramos o Dia dos Povos Indígenas ao longo de abril inteiro, com uma troca de conhecimentos entre os alunos das comunidades originárias e urbanas. Houve momentos de produção artística, que agora estão expostas nesse encerramento”, explica a coordenadora.
A jovem Jusilene Miyu, de 21 anos, foi uma das alunas indígenas da instituição, e voltou como convidada para a programação especial. Na ocasião, a ex-estudante conta como a experiência escolar contribuiu para o seu desenvolvimento pessoal.
“Quando eu cheguei em Macapá, eu não sabia falar português. Já sofri preconceito por isso, mas encontrei na escola um lugar acolhedor e que me permitiu honrar a minha família. Por isso, é importante trazer a cultura indígena para a escola, para que outros alunos se sintam confortáveis”, explica a estudante.
Já para a aluna Sabrina dos Santos, de 21 anos, a experiência de estudar com povos de origens diferentes é enriquecedora para o processo de ensino-aprendizagem, além de contribuir para o engajamento nas aulas.“Tem vários alunos indígenas na minha turma. No início a gente tinha dificuldade de se entender, mas acontece uma troca muito legal de culturas e com o tempo tudo fica mais fácil. Todos saem ganhando com essa interação e aprendem a respeitar as diferenças que fazem parte da sociedade”, conta Sabrina.
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