Curso capacita profissionais da educação para mediar conflitos nas escolas
Após o curso, participantes estarão aptos para integrar núcleos de conciliação dentro das escolas.
Uma briga entre alunos, uma discussão com o professor e até a procura de uma vaga na escola, são situações que o programa ‘Mediação Escolar’ pretende evitar que se transformem em um processo judicial de longa data. A solução está na implantação de um Núcleo de Mediação de conflitos dentro das escolas, para isso novos mediadores estão sendo formados para atuar nesses locais. O curso iniciou nesta segunda-feira, 17 e encerrará no dia 21 deste mês.
O projeto é resultado de um Termo de acordo entre o Tribunal de Justiça do Amapá, Governo do Estado e prefeituras. Serão capacitados 100 pacificadores entre professores, coordenadores e técnicos, que terão a missão de resolver os conflitos que ocorrem no ambiente escolar.
Pelo Governo do Estado do Amapá, dois órgãos participam do projeto: a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e a Defensoria Pública do Estado do Amapá (Defenap). O sub-defensor Geral do Estado, Eduardo Tavares, explica que a conciliação é um método prático para a convivência escolar e por isso a Defenap fomenta as atividades. “É uma forma de aproximar a comunidade escolar do Estado, garantindo que pais, alunos e a comunidade interajam de forma a ter uma convivência pacífica”.
De acordo com a secretária do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), Sônia Ribeiro, desde o início do projeto em 2015, foram implantados nove núcleos distribuídos nos municípios de Macapá, Santana, Mazagão e Oiapoque, a meta é aumentar o número de escolas atendidas. A secretária destacou ainda, o apoio do GEA no programa. “É uma parceria de longa data e o GEA está contribuindo conosco em todas as ações do projeto”.
Segundo relatos apresentados, os resultados são positivos. “É bom para a escola e para o judiciário pois com a desjudicialização o que poderia sair da escola e se transformar em um processo demorado, é resolvido no local, permitindo assim que a justiça possa cuidar de outros processos mais complicados”, informou.
Conseguir sentar, conversar e resolver pacificamente os conflitos é a melhor saída e um avanço na cultura de pacificação. Existe uma maneira de resolver esses pequenos problemas que melhora a escola e o convívio entre os membros da comunidade escolar. É essa alternativa que o professor Davi Serrão, pretende levar para a escola que atua.
“Infelizmente na escola tem muito conflito entre alunos, professores, ruim para o desenvolvimento da comunidade escolar e nós enquanto profissionais da educação precisamos estar preparados para intervir e formar equipes que possam promover a cultura de paz nas escolas”, afirmou.
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