Inflação no ano chega a 8,64% e a cesta básica subiu para R$ 425 em setembro
Estudo monitorou preços de 329 estabelecimentos comerciais e de serviços em Macapá
Colocar itens básicos de alimentação na mesa do macapaense ficou mais caro no mês de setembro. Isso é o que aponta a pesquisa mensal de preços da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).
A Cesta Básica Oficial de Macapá, no período, chegou a R$ 425,27. O custo representa uma variação de 2,23% em relação ao mês anterior, quando os mesmos itens custaram R$ 415,67 – quase R$ 10 de aumento.
O estudo monitorou preços de 329 estabelecimentos comerciais e de serviços em Macapá. Dos 12 produtos que compõem a Cesta Básica Oficial, 10 apresentaram alta. Apenas o tomate e o pão francês recuaram. Eles ficaram 2,23% e 5% mais baratos, respectivamente.
A exemplo dos últimos seis meses, o feijão continuou o grande vilão das compras do mês. O quilo do grão voltou a subir, desta vez 10,13%. Outro grão que teve o preço encarecido foi o arroz: alta de 5,15%. O leite em caixa também teve destaque entre os produtos que mais saltaram de preço: 4,36%. A proteína animal (alcatra), juntamente com a manteiga e o café moído, são os itens mais caros da Cesta Básica Oficial, com custos médios de R$ 25,46; 25,19 e 16,88, respectivamente.
Com o aumento no valor da cesta básica oficial, 48,33% do salário mínimo ficou comprometido. Além disso, apontou a pesquisa, o amapaense teve que trabalhar três horas a mais que no mês de agosto, quando o tempo de serviço mensal foi de 103 horas. A Cesta Básica Oficial pesquisa valores de produtos alimentícios de uma quantidade mensal mínima para alimentar uma pessoa adulta.
Cesta regional
A média da família amapaense, segundo o IBGE, é de cinco pessoas. É essa quantidade de integrantes que a Seplan levou em consideração para medir outro indicador, a Cesta Básica Regional. Nela, além de produtos alimentícios, entram, ainda, itens de higiene pessoal e artigos de limpeza e manutenção. A lista monitorada pela Seplan é composta por 54 produtos.
O custo das compras da Cesta Básica Regional é relacionado a famílias com cinco integrantes que possui renda mensal de seis salários mínimos, ou seja, de R$ 5.280,00. Para ir para casa com a lista completa, a máquina registradora marcou, em setembro, R$ 1.704,81, marcando crescimento de 0,31 pontos percentuais em relação ao mês de agosto. A nota destas compras compromete 32,29% do rendimento desta família.
Na cesta regional, os alimentos tiveram alta de 1,28% comparado ao período anterior, em reais isto representa um desembolso de R$ 1.341,75. O grupo de higiene pessoal marcou um custo de R$ 196,75, com destaque de aumento para o sabonete (7,69%) e creme dental (2,76%). Já os itens de limpeza e manutenção tiveram leve queda, de -0,58%, com recuo da água sanitária (-3,04%) e o detergente (-2,97%).
Segundo a economista da Seplan, Regina Celis, a metodologia utilizada na obtenção dos indicadores que medem a variação nos preços das cestas oficial e regional é a mesma desenvolvida pelo IBGE. “É a metodologia oficial no país. Ela é usada há mais de 20 anos”, garante a economista.
IPC
O estudo da Seplan também monitorou o comportamento do Índice de Preço ao Consumidor – indicador econômico que mede a inflação. O resultado para o mês de setembro teve a segunda menor alta no ano, 0,52%. Com este percentual, a inflação acumulada no ano em Macapá chegou a 8,64%. A pesquisa mensura a inflação em cima de preços e serviços consumidos por famílias com renda até seis salários mínimos.
Os sete grupos que resultam no IPC apresentaram alta em setembro. Contudo, nos nove últimos meses, alimentação (13,5%), móveis e equipamentos (11,74%) e gastos com a saúde (8,74) saltaram acima da inflação. Quando o acumulado é sobre os últimos 12 meses, o percentual que mais disparou foi o da comida (16,13%).
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