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Arraiá do Povo 2024: saiba quem foi Santo Antônio, o santo casamenteiro

Governo do Amapá traz curiosidade do mês junino; nesta quinta-feira, 13, devotos fazem homenagens ao santo.

Por Alice Valena
13/06/2024 23h00

Santo Antônio morreu em 13 de junho de 1231, desde então o dia passou a homenagear um dos símbolos da religião católica

Mês de junho, tempo das festas juninas e do Arraiá do Povo, promovido pelo Governo do Amapá, mas, além das celebrações, o momento também é de exaltar a tradição e a história de alguns dos principais símbolos da festividade, como Santo Antônio, conhecido na crença popular como “Santo Casamenteiro”.

Reconhecido pela igreja como um dos apóstolos de Jesus, Santo Antônio morreu em 13 de junho de 1231, o dia então passou a ser celebrado em sua homenagem, em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Apesar da fama de casamenteiro, nenhum milagre do tipo foi atribuído a ele, mas as histórias contam que ele lutava veemente contra casamentos arranjados e defendia os que eram sacramentados por amor.

Para o padre Rafael Donneschi, pároco da Catedral de São José, que há seis anos ordena na paróquia de Santo Antônio, no bairro Central de Macapá, e coordena a festividade na capital, Santo Antônio é um dos mais queridos entre os fiéis.

“Temos que lembrar que Santo Antônio é um dos santos mais queridos da igreja católica e que acima de tudo, ele prega a caridade e o amor ao próximo. O símbolo de tudo isso é o pão de Santo Antônio”, destacou Donneschi.

O padre, que há 48 anos exerce o sacerdócio, reforça que Santo Antônio não pode ser apenas “casamenteiro”, mas sim, aquele que prega a humildade e o voto de pobreza, já que ele era franciscano. Donneschi destaca que sempre junto com a missa e a procissão no dia 13 de junho, o pão é distribuído como um símbolo do milagre da multiplicação.

Arraial de Santo Antônio

Na noite desta quinta-feira, 13, aproximadamente mil pessoas participaram do Arraial de Santo Antônio em Macapá, na quadra da Igreja Nossa Senhora da Conceição. O festejo contou com muitas comidas típicas, sorteio de prêmios, desfile das misses “Tonicats” e venda de artigos religiosos como terços, quadros e camisas personalizadas.

Os voluntários Renata e Nic exaltaram as boas vendas e falaram da lojinha de artigos religiosos que fica no subsolo da Catedral de São José, para angariar fundos para as igrejas do Amapá, com horário de funcionamento, das 8h às 12h, e das 14h às 18h, de segunda a sexta e aos sábados, das 8h às 12h.

Fé e devoção

Além das comemorações pelo Dia de Santo Antônio, a fé se consagra sobretudo pela devoção e amor ao santo, como reforça a historiadora Ryanna Laurícia que está presente em todas as edições do arraial junto de sua filha Maria Ísis e conta uma história peculiar.

“Minha mãe, Maria Aparecida, é muito devota de Santo Antônio e ela conta que pegou para si a imagem que minha bisavó tinha e fez uma promessa para eu me casar. Hoje ela não pôde estar aqui e eu vim representá-la. No final deu certo a promessa, pois eu me casei”, pontuou Ryanna.

 

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