Governo do Amapá participa de capacitação para diminuição da reincidência de violência doméstica e de gênero

Capacitação foi realizada pela Justiça do Amapá, no período de 17 a 20 de junho

O Governo do Estado participou do curso “Criação, Facilitação e Coordenação de Grupos para Homens Autores de Violência contra as Mulheres”, realizado pelo Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), no período de 17 a 20 de junho, no prédio da Fecomercio/AP, em Macapá.

A capacitação teve como objetivo orientar os magistrados, servidores públicos do TJAP e de instituições parceiras para os processos de criação, facilitação e coordenação de Grupos reflexivos de Homens Autores de Violência Doméstica.

O psicólogo e professor, Daniel Fauth Martins, ministrou a capacitação e abordou assuntos como Lei Maria da Penha, bases teóricas sobre relações de gênero, construção de gênero na sociedade, ser homem, ser mulher, estereótipos, violências e os princípios que o direito estabelece sobre a prevenção de violência.

"Trabalhamos as formas de como abordar homens autores de violência, desde o primeiro atendimento, até a construção de grupos reflexivos. A ideia não é implantar um modelo de ‘bom homem’, mas sim que cada um se aproprie desses conhecimentos e reflita como construir esse papel de cidadão, numa sociedade democrática, em que ninguém exerça poder sobre ninguém”, pontuou Martins.

“É um projeto que tem inspiração na justiça restaurativa, que visa trazer o homem que é acusado de agressão e violência doméstica, para que participe de algumas sessões e que, junto com os facilitadores, possa ter um sentimento reflexivo sobre o comportamento dele. Um sentimento de responsabilização e que ele possa ter a educação das suas emoções, para poder modificar esse comportamento e com isso quebrar o ciclo de violência”, disse a magistrada.

Uma das participantes do curso, foi a coordenadora do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), de Laranjal do Jari, que falou da expectativa da criação de um grupo no extremo sul do estado.  

“Estamos bem entusiasmados com esse curso. Pretendemos levar essas rodas de conversa e criar esses grupos com os homens autores de violência em Laranjal do Jari. Temos muitas dificuldades devido ao crescimento da violência contra a mulher, mas também temos a certeza que podemos contar com o apoio de grandes parceiros na condução desse novo desafio”, disse a coordenadora. 

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