Arraiá do Povo: de indígenas ao novo cangaço, conheça os 7 grupos estilizados que abriram o Festival Sandro Rogério
As apresentações seguem neste domingo, 23, na Cidade Junina criada pelo Governo do Amapá.
O evento começou com sete agremiações estilizadas que levaram ao público muita dança, forró e histórias
Em ritmo animado, muito brilho e cores vibrantes, começou no sábado, 22, as apresentações das quadrilhas estilizadas que disputam o 5º Festival Sandro Rogério, programação que ocorre dentro do Arraiá do Povo, promovido pelo Governo do Amapá, no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.
A noite contou com a participação de sete grupos, que levaram talento e dedicação de sobra com temas que tratavam desde os povos originários da Amazônia, passando pelo arquipélago do Bailique, até o novo cangaço. Os grupos mergulharam ainda na história do Brasil e do próprio São João.
O maior arraiá do Amapá reúne três festivais e a programação é realizada pelo Governo do Estado, em conjunto com a Liga Junina de Macapá (Ligajum), Federação das Entidades Juninas e Folclóricas do Amapá (Fejufap) e Instituto Sócio Cultural Junino Arraiá no Meio do Mundo.
Veja como foi a primeira noite do Festival Municipal Sandro Rogério:
Raízes Culturais
A primeira quadrilha a entrar na pista foi a Raízes Culturais. O grupo abriu toda a quadra junina do estado e trouxe o tema:"Ecos da Floresta", apresentando uma dinâmica de atenção aos povos originários da Amazônia e ao meio ambiente.
Com 18 casais trouxeram nas indumentárias, a predominância das cores verde e marrom, além do casal de caipira representando a paz na cor branca.
Estrela Dourada
Com o tema "Retalhos do Brasil: Os construtores da nação brasileira", o grupo junino Estrela Dourada foi o segundo a ocupar o tablado da Cidade Junina, para colorir o espaço. O grupo se apresentou com 16 casais e mais dois pares de destaques, sendo noivo e a noiva, além do casal caipira.
Na cor vermelha, os quadrilheiros mostraram gingado, com uma coreografia que evidenciava a história dos descobridores do Brasil, passando pelas diversidades étnicas do país.
Luar do Sertão
Numa viagem à história, os quadrilheiros apresentaram o tema: "Sob um novo Luar, Um novo Cangaço", relembrando os tempos do cangaço, movimento social ocorrido na região do nordeste brasileiro no fim do século 19.
A quadrilha foi a terceira a entrar na arena. O público vibrou com os 29 pares que tomaram conta da pista, num verdadeiro "mar" nas cores azul e dourado, misturados ao marrom tradicional das roupas de Lampião e Maria Bonita.
Mocidade Cultural
O quarto grupo a pisar no tablado veio do arquipélago do Bailique, enfrentando mais de 12 horas de viagem até Macapá. Os 16 pares vieram vestidos na cor laranja, com muitos brilhos e acessórios. E o tema escolhido para esta edição foi justamente contar a história do distrito.
Com o enredo "História do Bailique – Daqui pra lá, de lá pra cá, meu São João eu vou, eu vou dançar, Bailique que saudades que me dá, Vila Progresso, distrito do Bailique", os quadrilheiros exaltaram as belezas naturais e as dificuldades enfrentadas pela comunidade.
Simpatia da Juventude
Com uma diversidade de cores, brilhos e 24 pares, a quadrilha junina do bairro Pacoval, foi a quinta a se apresentar na arena da Cidade Junina. O tema Sankofa, na linguagem dos ancestrais africanos, traz significados em cada sílaba, representando o retornar (San), ir (ko) e buscar (fa).
O grupo fez também uma viagem pelos movimentos econômicos da história do Brasil, como o Ciclo da Borracha, evidenciando o retorno, a ida e a volta pelos rios amazônicos como chegada até Macapá. A quadrilha conhecida como "Simpa", tem mais de 30 anos de existência.
Reino de São João
O penúltimo grupo a participar das disputas levou para o tablado o "Festejo do povo, com o povo e para todos". O tema é uma homenagem à quadra junina amapaense, evidenciando a cultura popular. A pista foi tomada pela presença de 20 pares.
Os quadrilheiros fizeram uma viagem no tempo mostrando as diversas formas da festa de São João, as músicas tradicionais, as ornamentações e os antigos "terreirões". Nas roupas, o grupo apresentou as cores predominantes do verde, rosa e o preto.
Explosão Junina
A última quadrilha a se apresentar na primeira noite de disputas do festival foi a Explosão Junina, que falou do "Do cordel aos folguedos" para encantar, em uma explosão de passos bem marcados. Na arena, os quadrilheiros mostraram as tradições e a rica cultura do nordeste.
Toda a temática foi contada por 23 pares, com indumentárias que se destacaram pelo colorido do amarelo e laranja. O grupo junino celebra este ano, 37 anos de atuação no São João amapaense.
Confira a programação do 5º Festival Sandro Rogério:
Domingo, 23
- 19h30 – Evolução Junina
- 19h55 – Art’s da Amazônia
- 20h20 – Renovação Junina
- 20h45 – Pequena Dama
- 21h10 – Inspiração Junina
- 21h35 – Revelação
- 22h – Atração Junina
- 22h25 – Piriguetes dos Matutos
- 22h50 – Rosa dos Ventos
Segunda-feira, 24 - Quadrilhas Tradicionais
- 19h30 – Mistura Junina
- 19h55 – Explosão do Tempo
- 20h20 – Considerados dos Matutos
- 20h45 – Fúria Junina
- 21h10 – Rosa Branca Açucena
- 21h35 – Explosão dos Matutos
- 22h – Dondocas dos Matutos
- 22h25 – Bagunçados dos Matutos
- 22h50 – Garota Safada
Arraiá do Povo
O Arraiá do Povo 2024 é organizado pelas secretarias de Estado da Cultura (Secult) e do Turismo (Setur). A programação recebe recursos do Tesouro Estadual e emendas parlamentares dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues.
A Cidade Junina foi montada exclusivamente para receber 59 grupos juninos, entre tradicionais e estilizados, que participam dos campeonatos municipal e estadual, totalizando mais de 80 apresentações.
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