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Operação Ágata: forças da segurança nacional e estadual integram combate a crimes na fronteira do Brasil pelo Amapá e Norte do Pará

Com agentes da Polícia Militar e Civil, foram enviados mais de 600 militares em ações que buscam reduzir os índices de criminalidade na região.

Por Winicius Tavares
08/07/2024 09h00

Governo do Amapá integra operação com 600 agentes da Polícia Militar e Polícia Civil

Durante 10 dias, as forças de segurança estaduais e federais estarão integradas na “Operação Ágata”, que visa combater e prevenir crimes transfronteiriços e ambientais, como o garimpo ilegal, tráfico de drogas, armas e munições. Serão realizadas ações estratégicas que vão desde a vigilância do espaço aéreo até a patrulha e inspeção dos principais rios e estradas que dão acesso ao Brasil por meio do Amapá e do Norte do Pará. 

A operação é coordenada pelo Ministério da Defesa e Justiça e está inserida ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, do Governo Federal, que prevê a cooperação técnica, de inteligência e de logística entre os órgãos envolvidos. O efetivo com mais de 600 agentes conta com homens da Polícia Militar do Amapá e Polícia Civil.  

“Estamos honrados de somar as nossas forças de segurança a todas as demais forças e instituições de segurança do país. A palavra de ordem da Operação Ágata é integração. Essa é a palavra que comandará o sucesso em combater a criminalidade e toda a violência em uma faixa muito importante, onde gostaríamos de dar uma perspectiva de segurança muito maior. Nós queremos ter uma fronteira de paz, uma fronteira produtiva, uma fronteira que seja um orgulho e não um problema para o Brasil e para os nossos vizinhos”, destacou o governador Clécio Luís.

O secretário em exercício de Segurança Pública do Amapá, Marko Scaliso, explica que por ser uma região de difícil monitoramento, a faixa de fronteira é aproveitada por grupos criminosos para acobertar atividades ilícitas, utilizando rotas aéreas, terrestres e fluviais. Ele reforça que a operação entre as instituições permite a atuação legítima na proteção do meio ambiente e segurança para a sociedade. 

"Desde o início da gestão, nós sempre reforçamos que a segurança pública se faz com integração. Estão saindo para essa operação equipes do Exército, da Marinha, mas também da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Rodoviária, ou seja, são todos os órgãos de segurança imbuídos em combater o crime organizado em regiões que nós sabemos que logística para chegar são muito complicadas”, pontuou Scaliso.

O comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, o general Roberto Furtado, reforça o grande esforço logístico para realizar atividades dessa envergadura. As operações contaram com embarcações e viaturas especializadas da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB), além dos serviços da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (ABI). 

"Nós incrementamos a capacitação técnica do nosso efetivo profissional ampliando as ações ligadas aos exercícios de tiro e técnicas especiais visando exatamente atender as demandas desse tipo de operação de duração limitada, o que nos permite uma maior efetividade durante o tempo de execução. Temos várias frentes para trabalhar e acreditamos que mesmo não resolvendo o problema por completo, iremos dar uma resposta à altura para a sociedade”, explicou o general. 

Ações cívico-sociais 

Além do trabalho ostensivo, a operação também busca diminuir os reflexos negativos ao desenvolvimento socioeconômico da região, assim como os índices de criminalidade nos centros urbanos e no campo, para desafogar os sistemas de segurança e de saúde pública. 

Em parceria com outras instituições, serão promovidas ações cívico-sociais na Zona Urbana e aldeias indígenas dos municípios de Amapá, Calçoene e Oiapoque. Na ocasião, serão realizadas atividades de prevenção e higiene bucal, atendimentos odontológicos e atendimentos médicos.

Durante os serviços, estarão envolvidos 12 acadêmicos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e odontologia da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e do Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior (Immes). Os discentes serão supervisionados por militares do quadro de saúde do Exército. 

A Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Serviço Social do Comércio (Sesc) atuarão em carretas equipadas com consultórios e gabinetes odontológicos, e a Defensoria Pública do Estado do Amapá prestará serviços jurídicos aos moradores dos munícípios envolvidos. 

Também apoiam a "Operação Ágata", o Ministério Público do Estado (MP-AP), a Agência Nacional de Mineração, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). 

 

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