Apoiado pelo Governo do Amapá, show ‘Voz da Taba’ de Patrícia Bastos mistura ritmos dançantes
Apresentação gratuita do oitavo álbum da artista ocorreu no domingo, 14, no Trapiche Santa Inês, em Macapá.
Álbum mistura ritmos dançantes e elementos culturais da Amazônia com participações nacionais
Com apoio do Governo do Amapá, a cantora Patrícia Bastos apresentou em um show aberto ao público, no domingo, 14, as canções de seu novo álbum “Voz da Taba”. A artista encantou os presentes em um espetáculo com ritmos dançantes que remetem à cultura amazônida, no Trapiche Santa Inês, em Macapá.
A apresentação gratuita, coordenada pelo Instituto Amazônia Criativa, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, misturou estilos com a participação do Grupo Senzalas, da cantora paraense Aíla e do DJ Luiz Carlos. No sábado, 13, a apresentação com participação da cantora amapaense Lala Tork ocorreu no recém inaugurado Cine Teatro Silvio Romero, em Santana.
O novo trabalho de Patrícia Bastos é integrado e possibilita uma ampla divulgação da cultura local, reunindo no mesmo palco diversos artistas e promovendo a troca de musicalidades, de acordo com a secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli."Ela é mensageira, pois coloca as músicas amapaenses no palco com músicos do resto do Brasil. Ela canta os compositores do Amapá e o povo merecia esse show de uma cabocla que tem nos orgulhado tanto e levado essa riqueza cultural para o mundo. A população amapaense está ganhando esse presente do Governo do Estado", declarou a secretária.
A cantora Patrícia Bastos subiu ao palco com a música Jeito Tucuju, que é um grande sucesso amapaense e uma das 12 faixas do novo trabalho da artista. No “Voz da Taba”, a canção tem participação especial do cantor e compositor Caetano Veloso."Para mim é uma emoção muito grande, voltar à minha Taba, onde tudo começou e de onde na verdade eu nunca saio, já que minha essência permanece sempre aqui. Me sinto privilegiada de cantar na beira do majestoso Rio Amazonas, que inspira tantas canções e tantos artistas", ressaltou Patrícia.
Presentes na abertura do evento gratuito, o Grupo Senzalas destacou a importância do lançamento do disco para a cultura do estado e a integração com outros trabalhos de Patrícia. A programação também contou com feira de artesanato e pintura corporal com o artista de Oiapoque Yermollay Karipuna."É um acontecimento muito importante porque se trata de coisas nossas, de músicas, poesias e de canto genuinamente nosso, que é justamente um trabalho de resistência cultural, muito forte, e que mostra toda a plástica das artes da região amazônica, precisamente do Amapá", ponderou o integrante do grupo, o cantor Joãozinho Gomes.
Com 15 anos de carreira, a cantora paraense Aíla, que canta o pop amazônico em uma mistura de brega, zouk, lambada e pisadinha, foi uma das participações especiais que abrilhantaram a noite."A Patrícia é um nome importantíssimo para a música que vem do Norte. Eu fico muito contente que a Amazônia seja falada em primeira pessoa por outros protagonistas para além do meu estado", enfatizou Aíla.
A professora, contadora de história e escritora, Eliane Duarte, moradora do bairro Universidade, em Macapá, aprecia a música amapaense e não perdeu a oportunidade de curtir os talentos locais."Estou muito feliz pelo fato do Governo do Estado estar mais uma vez fortalecendo a nossa cultura com a valorização dos nossos artistas. Está tudo lindo e encantador”, comemorou Eliane.
“Voz da Taba”Depois de se apresentar em palcos pelo país, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro, pelo projeto Caixa Cultural, a artista retornou ao seu recanto, o Amapá, em shows com participações especiais e banda que esteve presente na gravação do projeto.
Com esse álbum, lançado em todas as plataformas em 2023, a artista completa a trilogia que começou em “Zulusa”, em 2013, que ganhou o prêmio de Melhor Álbum Regional no Prêmio da Música Brasileira, e teve sua sequência com “Batom Bacaba”, de 2016, indicado ao Grammy Latino.
O novo trabalho da artista, tem influência dos ritmos afro indígenas já reconhecidos em seu estilo, e também sons originários da Guiana Francesa, fruto do laboratório musical que levou Patrícia Bastos e seus parceiros musicais, Joãozinho Gomes, Enrico Di Miceli e Dante Ozzetti, para a fronteira do Brasil com a França e Suriname.
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