Municípios recebem curso de manejo clínico em tuberculose e hanseníase
Médicos e enfermeiros receberam treinamento voltado ao diagnóstico e tratamento das doenças.
Treinamento faz parte da política para erradicação da hanseníase e tuberculose no Brasil
Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 9, no auditório da Coordenadoria de Vigilância e Saúde (CVS), o curso de capacitação em manejo clínico de tuberculose e hanseníase. O evento, que vai até sexta-feira,11, das 8h às 12h e das 14h às 18h, busca fazer uma atualização quanto ao tratamento e diagnóstico das doenças primando pela eliminação destes males do país até 2030, de acordo com meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O público-alvo do evento são médicos e enfermeiros da atenção básica da saúde dos municípios do Estado.
O curso conta com a presença de um médico especializado no assunto. Paulo Albuquerque é professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e cooperador do Ministério da Saúde (MS) no programa de erradicação da tuberculose e hanseníase no Brasil. Segundo ele, o país ocupa a posição de número 19 no ranking de países que têm mais de 80% dos casos das doenças no mundo. A Índia ocupa a primeira posição.
Para o médico, investimentos do governo e de grandes organismos mundiais ajudaram no desempenho do país para a redução dos casos. A modificação no regime terapêutico e a mudança nas apresentações dos medicamentos foram outros fatores positivos apontados pelo especialista.
“Todos esses fatores, aliados a uma melhoria que o país teve nos últimos dez e doze anos no número de pobreza, deram uma melhorada nesses índices, não tanto quanto a gente queria, mas estamos andando no caminho certo”, apontou o médico.
Casos das doenças no Amapá
O Estado vem fazendo seu dever de casa. Campanhas desenvolvidas pelo Programa de Tuberculose e Hanseníase ligado a CVS/Sesa têm surtido efeito. As buscas ativas realizadas periodicamente nos municípios considerados silenciosos (que não apresentam casos), têm ajudado a equipe a planejar novar metas no combate à doença.
Atualmente existem 181 casos de tuberculose no Estado, com destaque para o município de Ferreira Gomes, que passou três anos sem notificar nenhum caso e esse ano surgiu com cinco novos, após realização de uma ação desenvolvida pelo programa na cidade.
A hanseníase apresenta 109 casos novos. O maior número está em Macapá e em seguida Laranjal do Jari. Por enquanto, Pracuúba é o município que não apresentou nenhum caso da doença em 2016.
“O problema dos municípios é a rotatividade dos funcionários. Enquanto se mantem uma equipe por mais tempo atuando, conseguimos fazer alguma coisa, mas com a mudança de prefeitos e funcionários, precisamos começar tudo de novo. Sempre há uma queda em relação aos números de casos; por isso, a necessidade de se fazer periodicamente esse tipo de treinamento”, explica Rosangela Gurjão, coordenadora do Programa de Combate à Tuberculose e Hanseníase no Amapá.
Siga o Canal do Governo do Amapá no WhatsAppFique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Tá no ZAP ==> Entre no grupo de WhatsApp e receba notícias em primeira mão aqui!