Palco AfroAmapá exalta batuque e marabaixo na 53ª Expoferia do Amapá

Por Wallace Fonseca

Várias comunidades passaram pelo 'Palco AfroAmapá'A 53ª Expofeira do Amapá é a maior vitrine econômica e cultural do estado e ofereceu nos 11 dias de programação, um espaço especial para o batuque e o marabaixo. Várias comunidades passaram pelo "Palco AfroAmapá" rufando os tambores e rodando a saia ao som dos "ladrões".

"Não podemos deixar a cultura do batuque morrer. Estou muito feliz pois essa feira é uma vitrine para o Brasil e para o mundo, e faz as pessoas se interessarem em saber o que é o nosso marabaixo, o nosso batuque, e isso é muito bom", disse a escritora e artesã, Esmeraldina dos Santos, de 69 anos, do Raízes do Bolão, grupo de Batuque do Curiaú.

Esmeraldina dos Santos, de 69 anos, do Raízes do Bolão, grupo de Batuque do CuriaúManter a tradição do marabaixo e do batuque presente nos eventos e, especialmente, na programação da Expofeira do Amapá é uma forma de assegurar a transmissão e reprodução dessa manifestação cultural.

"O batuque é comemoração, é trazer alegria. Na Expofeira estamos difundindo nossa cultura também para quem não é de áreas quilombolas", ressaltou Alex Biluka, de 34 anos, integrante do Grupo Raiz do Bolão.

Alex Biluka, de 34 anos, integrante do Grupo Raiz do BolãoOutra forte presença na Expofeira foram os 70 membros do grupo Santa Luzia do Maruanum, que encantaram o público no Parque de Exposições.

"É um momento grandioso de mostrar a maior manifestação cultural negra do Amapá. É minha raiz e minha identidade, participo do marabaixo desde os 3 anos de idade", celebrou Augusto Costa, 30 anos, presidente do grupo.

Manter o marabaixo e o batuque na Expofeira do Amapá é uma forma de assegurar a reprodução dessa manifestação cultural.

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