Ferramentas tecnológicas já foram apresentadas a gestores e técnicos do Estado
As duas principais ferramentas tecnológicas de desenvolvimento do Amapá, a Base Cartográfica e a Rede Geodésica, serão detalhadas pelo Governo do Amapá em dois eventos que acontecem no final de novembro. O primeiro deles é um simpósio marcado para os dias 24 e 25 no auditório do Museu Sacaca.
O evento é realizado pelas Secretarias de Estado do Planejamento (Seplan) e do Meio Ambiente (Sema), e tem como principal objetivo demonstrar o potencial de utilização das informações contidas nos dois mecanismos para as mais diversas áreas.
De acordo com o secretário-adjunto de Estado do Planejamento, Otávio Fonseca, ambas as ferramentas poderão ser utilizadas no planejamento e gestão de áreas como infraestrutura, saúde, segurança, ordenamento territorial e monitoramento ambiental. Segundo ele, o Estado investiu aproximadamente R$ 23 milhões nos dois projetos.
ECAAP
Além do simpósio, a Base Cartográfica e a Rede Geodésica do Amapá também serão apresentadas no IV Encontro de Ciências Ambientais do Amapá (ECAAP) – Geotecnologia no Meio do Mundo. O evento ocorrerá de 21 a 25 de novembro.
A programação é ampla, com palestras, minicursos, colóquio, feiras de exposições. Por isto, o ECAAP ocorrerá em três locais diferentes: Museu Sacaca, Monumento Marco Zero do Equador e na Universidade Federal do Amapá (Unifap).
De acordo com a coordenação do evento, cinco minicursos são específicos para técnicos da gestão pública. Os interessados devem procurar mais informações no endereço
http://www.ecaap.com.br/.
Base cartográfica
A plataforma de dados e de georreferenciamento foi desenvolvida pelo Governo do Amapá, em convênio com o Exército Brasileiro. O projeto mapeou uma área de 75 mil quilômetros quadrados.
Basicamente, o trabalho consiste em coleta de informações precisas sobre população, água, solo, vegetação, entre outras, e dados como imagens aéreas e de satélite. As imagens possibilitarão dados referentes a estradas, pistas de pousos, comunidades ribeirinhas, áreas indígenas, regiões isoladas, e uma série de outras utilidades.
A base de dados estará, em breve, disponível para consulta via internet. Qualquer órgão público ou empresa vai poder acessar os dados e usar as informações para executar planejamentos e projetos.
Rede Geodésica
O Amapá concluiu, recentemente, as atividades de campo para a construção da Rede Geodésica do Estado, ferramenta tecnológica de mapeamento do território através de coordenadas geográficas de alta precisão.
Através do mecanismo, o Estado poderá fazer mapeamentos e estudos científicos que ajudam, por exemplo, no monitoramento das mudanças climáticas. Os dados são preciosos para a regularização fundiária bem como para basear obras de infraestrutura.
A Rede Geodésica do Amapá é executada por meio de um convênio entre Seplan e Sema com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – equipe do Estado do Rio de Janeiro.
O mecanismo já está revitalizado no Amapá, com medições coordenadas, gravidade e GPS. Foram instaladas mais de 500 novas estações – marcos em formato de pirâmide que guardam informações geográficas. A nova rede, que agora possui mais de 1 mil marcos, alcança todos os pontos extremos do Estado, do sul ao norte.
Um dos objetivos da rede geodésica é permitir que sejam feitos mapas precisos do território. Além do mapeamento em alta escala, de vias de municípios, as estações geodésicas permitem o estabelecimento de obras de infraestrutura, barragens, canais de irrigação, usinas hidrelétricas, rodovias, entre outras.
Aplicações
Informações da rede geodésica podem ser usadas, por exemplo, para definir traçados e inclinações de estradas, para que o tráfego nela ocorra com segurança. As construtoras se baseiam nos dados para fazer os projetos básico e executivo de obras e o controle de andamento dessas obras.
Existem três tipos de redes geodésicas: as planimétricas tridimensionais, que possuem coordenadas horizontais de latitude, longitude e altitude com GPS geodésico (precisão menor que 1 cm); as redes de nivelamento, que usam dados para basear obras como barragens, rodovias; e as estações gravimétricas, que contém dados que permitem estudos do campo gravitacional terrestre.
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