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OPERAÇÃO UXOR

Polícia Civil cumpre 7 mandados de prisão e 8 de busca contra lideranças de grupo criminoso atuante no Amapá e Ceará

Operação Uxor objetivou desarticular o núcleo de apoio externo, comandado por esposas e companheiras das lideranças criminosas, que dava vazão as atividades ilícitas do bando.

Por Marcelle Corrêa
14/10/2024 18h48

Operação ocorreu nos dias 9, 10 e 11 de outubro em Macapá e em Fortaleza, no CearáA Polícia Civil (PC) do Amapá divulgou nesta segunda-feira, 14, o resultado da "Operação Uxor", que ocorreu nos dias 9, 10 e 11 de outubro em Macapá e em Fortaleza, no Ceará. A ação resultou no cumprimento de sete mandados de prisão, sendo um cumprido no estado nordestino, e oito de busca e apreensão. Foi apreendido ainda, um veículo avaliado em R$ 120 mil e mais de R$ 50 mil em dinheiro.

A ação iniciou após a interceptação de conversas de aparelhos celulares apreendidos dentro do sistema penitenciário, que segundo as investigações mostram a atuação ativa das companheiras dos ditos chefes da facção no suporte ao grupo criminoso. A operação foi coordenada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco/PC), com apoio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Amapá (Gaeco).

"Nosso foco é desmantelar as estruturas de apoio que mantêm o grupo criminoso ativo. Identificar e prender as pessoas que garantem suporte logístico e financeiro é essencial para enfraquecer a capacidade de atuação desses criminosos tanto dentro quanto fora dos presídios", informou o delegado titular da Draco, Ismael Nascimento.

Ação apreendeu R$ 50 mil em dinheiro e um veículo no valor de R$ 120 milSegundo a Draco, a denominação da operação faz referência à palavra em latim para “esposa”, evidenciando o papel crucial desempenhado por essas mulheres na manutenção das atividades ilícitas do bando criminoso.

Durante a ação, foram presos integrantes considerados de "alto escalão" dentro do grupo criminoso, entre eles um dos fundadores que, mesmo de dentro do sistema prisional, continuava coordenando atividades ilícitas com o auxílio de sua companheira. As investigações apontam que a mulher era suspeita de ser responsável por organizar a comunicação externa e o fluxo de recursos financeiros que garantiam a continuidade das operações criminosas no estado.

"Entre os outros alvos estão lideranças que exercem diferentes funções dentro do grupo criminoso, como coordenação de atividades ilícitas em regiões específicas de Macapá. Uma das presas na operação é companheira de um dos líderes e foi identificada como suspeita de ser responsável pela logística para aquisição de armas, além de administrar a distribuição de valores entre membros fora do presídio", explicou o delegado Ismael.

Um dos investigados seria responsável por coordenar atividades ilícitas com o auxílio de sua companheiraOutro investigado foi identificado como um dos principais coordenadores das atividades do grupo criminoso fora do sistema prisional. Ele seria responsável por gerir o tráfico de drogas em áreas estratégicas da capital, além de intermediar a entrada de ilícitos no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). 

"As investigações revelaram ainda que o suspeito, em conjunto com outras lideranças, tentou organizar uma fuga em massa no início de outubro, que foi evitado graças a atuação rápida das equipes de inteligência do Iapen", frisou o delegado. 

Ação integrada contou com apoio do Iapen e do Gaeco, do Ministério Público do Amapá

Integração contra a criminalidade 

Participaram ainda da Uxor a Delegacia Especializada de Tóxicos e Entorpecentes (Dete), o Núcleo de Operações com Cães, Iapen e Polícia Civil do Ceará, como parte da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, coordenada pelo Ministério da Justiça.

A iniciativa, coordenada pela Diretoria de Inteligência e Operações Integradas, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), visa integrar as instituições, compartilhar conhecimentos e traçar estratégias de inteligência e fiscais para desarticular facções criminosas de forma completa e duradoura. 

Integram a rede representantes das Polícias Civis e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, dos Ministérios Públicos, das 27 unidades da Federação.

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