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VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Profissionais da saúde debatem prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis no Amapá

Treinamento oferecido pelo Governo do Estado reúne médicos, enfermeiros, técnicos e profissionais da atenção básica dos municípios.

Por Mônica Silva
31/10/2024 14h23

Atualização dos profissionais de saúde sobre os protocolos é fundamental para o enfrentamento da sífilis no AmapáO Governo do Amapá está promovendo nesta quinta-feira, 31, uma capacitação de atualização em prevenção, diagnóstico, tratamento e notificação da sífilis para profissionais que atuam na Atenção Básica da Saúde e maternidades dos municípios.

O treinamento, coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), acontece no auditório da instituição em Macapá e reforça a importância do diagnóstico da sífilis em mulheres grávidas para a redução da transmissão vertical, evitando a disseminação da doença.

"A qualidade da assistência prestada nos serviços de saúde e o diagnóstico precoce são as principais estratégias para a redução dos casos de sífilis. As medidas de controle de transmissão da doença constituem-se na adoção de políticas de prevenção, por isso estamos debatendo o assunto", explicou o superintendente da SVS, Cássio Peterka.

Enfermeiro Florinaldo Carreteiro, especialista em IISTsA palestra foi ministrada pelo enfermeiro Florinaldo Carreteiro, especialista em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

"A sífilis é uma doença muito sensível à atenção primária, pois é onde se faz o diagnóstico e tratamento. Dessa forma, com um simples teste rápido nos postos e unidades de saúde já é possível iniciar esse diagnóstico e tratamento. A sífilis tem cura e seu tratamento é simples", pontuou o especialista.

A atualização para os profissionais de saúde sobre os protocolos é fundamental para o enfrentamento da doença, que vem crescendo no estado. Segundo dados da SVS, entre os anos de 2019 a setembro de 2024, o Amapá registrou 1.007 casos de sífilis adquirida ou congênita e registrou no mesmo período 2. 970 casos de sífilis gestacional. 

Médica Maribel SantosParticipante da oficina, a médica Maribel Santos, que atua no Hospital da Mulher Mãe Luzia e na Maternidade Bem Nascer, ressaltou a importância de momentos como esse de capacitação oferecida pelo Governo do Estado.

"Essa oficina é um modelo válido e implantado pela gestão de muita importância para a educação continuada dos médicos e enfermeiros. Estamos conseguindo conscientizar as mulheres e seus companheiros a procurar a unidade para fazer essa prevenção e tratamento da doença", destacou a médica.

Sobre a doença

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).

A sífilis pode ser adquirida ou congênita. Quando é adquirida, é transmitida de uma pessoa para a outra durante a relação sexual sem preservativo ou por transfusão de sangue. Já a transmissão congênita acontece da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. Por isso, é importante que a mulher realize o exame pré-natal e, caso seja confirmado o diagnóstico, inicie o tratamento de acordo com a orientação do médico.

Oficina mostra a importância do diagnóstico da sífilis em mulheres grávidas

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