Portadores de HIV na fronteira terão casa de apoio
Governo do Estado entra com equipe de saúde. Atendimento inicia em 2017.
Implantação do Centro de Saúde foi discutida durante reunião da Comissão Transfronteiriça, em Caiena
Portadores de HIV que moram em Oiapoque e Saint George, na Guiana Francesa, serão melhor acompanhados em seu tratamento em um Centro de Saúde que será instalado no lado amapaense. O acordo de cooperação foi firmado entre Amapá e Guiana Francesa na Décima Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça (Comista), que aconteceu nos dias 6 e 7 de dezembro, em Caiena.
O projeto foi aprovado pelo Programa de Cooperação Interreg para Amazônia (PCIA), que financia projetos em várias áreas por meio do Fundo Europeu. Ele será desenvolvido por uma Organização Não Governamental (ONG) da Guiana Francesa, que terá a responsabilidade de criar um centro de apoio a pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social voltado aos portadores do HIV.
O governo amapaense vai fornecer equipes de saúde com médicos, enfermeiros, técnicos, medicamentos e insumos. Já o lado francês entra com serviços de prevenção, como palestras, terapia ocupacional, acompanhamento das pessoas que vivem com o vírus e a busca ativa dessas pessoas, tudo em parceria com o município de Oiapoque, que já atende essas pessoas.
“O centro ainda será construído, mas a priori, a ONG vai alugar um espaço para iniciar o atendimento a essas pessoas que não tem aonde ficar em Oiapoque. Essa casa vai dar esse apoio e vai ajudar a garantir o atendimento de saúde na fronteira. Essa cooperação foi o grande resultado dessa reunião”, considerou Silvia Maués, chefe da Divisão Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS). O local será aberto para atendimento ao púbico a partir de janeiro de 2017.
Samu e transferência de pacientes
Outros temas discutidos na reunião foram a transferência de pacientes entre os dois países e o acordo de cooperação técnica entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Amapá e o da Guiana Francesa.
Na ocasião, foram apresentadas as principais dificuldades na continuidade do tratamento de pacientes transferidos, especificamente a falta de um prontuário comum entre os serviços de saúde dos dois países. Para isso, foi proposta a integração dos bancos de dados de atendimento de pacientes dos dois estados da fronteira. A proposta será avaliada pelos países.
“Nossas equipes vão fazer ações de formação. A da Guina vem pra cá para receber treinamentos e a nossa também vai pra lá. Vai existir uma comunicação efetiva em caso de acidentes. Já há simulado acontecendo, inclusive, dois já foram realizados nesse ano envolvendo o hospital de Oiapoque, equipe de Bombeiros e Samu. Então, a integração já está acontecendo, agora as ações serão voltadas à formação dessas equipes. Com a assinatura dessa carta, passamos para a fase prática”, pontuou Silvia.
Uma proposta para a criação de um comitê científico que discuta as principais estratégias usadas para o controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika, também foi amarrada entre as partes.
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