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Seminário discute modelo integrado de saúde para melhorar o atendimento aos usuários

A ideia é implantar a planificação para fortalecera Atenção Primária e com isso qualificar a Atenção Especializada.

Por Redação
21/12/2016 11h51

Evento reuniu prefeitos eleitos, reeleitos, além de técnicos da Secretaria de Saúde do Estado

Reorganizar a atenção primária para fortalecer o papel estratégico da saúde em todas as suas etapas. Com este objetivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciou na terça-feira, 20, o processo de implantação da planificação da Atenção Primária à Saúde (APS), durante o I Seminário Estadual de Saúde, direcionado aos prefeitos eleitos e reeleitos e assessores técnicos da Sesa.

A planificação consiste em uma série de intervenções de planejamento na APS - executada pelos municípios - para renovar o processo de trabalho dos servidores e o atendimento aos usuários nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Com isso, aumentar a qualidade e eficiência na realização dos serviços, reduzindo internações e filas na atenção especializada (média e alta complexidade).

O seminário é o início deste processo no Estado e teve como proposta esclarecer aos novos prefeitos que a saúde é uma rede e que precisa atuar dentro de um sistema único e de forma integrada. E é isso que a planificação prevê: o investimento na atenção primária para melhorar a atenção especializada.

Para a secretária Renilda Costa, o processo é um compromisso do governo com a prevenção e a promoção da saúde, no que se refere à assistência em saúde. "O Estado está cooperando com os municípios para que a APS seja fortalecida e desempenhe sua função preventiva. Com isso, na média e alta complexidade, que são as especialidades e os hospitais, a gente possa melhorar o atendimento, com a rede mais acessível para quem verdadeiramente precisa".

Conforme explicou Eugênio Vilaça, consultor do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), órgão que propõe este modelo de intervenção, o investimento para planificação é baixo. "A vantagem deste processo é que não precisamos de muito recurso, usamos tecnologias leves. Não é preciso construir prédios ou comprar equipamentos, é preciso, sim, mudar o processo de trabalho, portanto, com pouco dinheiro é possível fazer uma revolução na saúde", explicou.

Um exemplo do resultado da planificação apresentado durante o seminário é com relação ao tratamento ofertado aos diabéticos. Se houver o atendimento preventivo na atenção básica, o usuário não vai precisar dos serviços de diálise ofertados na nefrologia quando a doença progredir e chegar ao estágio crônico.

A partir de janeiro de 2017, o Conass inicia o ciclo de oficinas para os municípios que aderirem à planificação que reorganiza e qualifica a atenção básica. Atualmente, dos 27 estados da Federação, 11 já aderiram à planificação, e agora, o Amapá.

O seminário contou com a presença da secretária Renilda Costa, do desembargador Carlos Tork, consultor do Conass e Ministério da Saúde, Eugênio Vilaça, coordenador técnico do Conass, René Santos, prefeitos eleitos de Itaubal, Amapá e Pracuúba, além de representantes dos demais prefeitos eleitos e reeleitos e técnicos da Sesa.

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