Odontologia hospitalar disponibilizada pelo Governo do Amapá reduz riscos em pacientes internados na rede pública estadual
Trabalho conta com o suporte do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) para ajudar a diminuir infecções nos pacientes em UTI e em pré e pós operatórios.
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Pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou à espera de cirurgias e no pós-operatório podem contar com os serviços de odontologia hospitalar disponibilizados pelo Governo do Amapá. O trabalho é essencial para reduzir infecções, impactando diretamente na diminuição de óbitos.
Além dos profissionais que atuam diretamente nos hospitais, os pacientes contam ainda com toda a estrutura do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Na última segunda-feira, 24, dois pacientes internados na clínica médica de cardiologia do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal) receberam tratamento como parte de requisitos pré-cirúrgicos.
A saúde bucal é uma política da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e integra o protocolo médico antes de procedimentos em pacientes com doenças crônicas. Elano da Silva e Silva, de 19 anos, é um deles. O jovem fará uma cirurgia para trocar uma válvula cardíaca e teve a recomendação de passar pela odontologia.
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"Não sabia que precisava de atendimento odontológico para o meu tipo de cirurgia. Preciso me operar e, depois da avaliação da dentista em mim, ela recomendou que eu fizesse uma raspagem. Estou tranquilo com o tratamento e feliz por estar próximo da minha cirurgia", disse o paciente.
A especialista em odontologia hospitalar, Renatta Vieira, atua no Hcal realizando o tratamento odontológico pré-cirúrgico. Ela explica que em todos os hospitais, os atendimentos são feitos no "beira-leito", ou seja, diretamente no local onde o paciente está internado. No caso do Elano Silva, ela solicitou o suporte do CEO.
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"Quando precisamos executar um tratamento mais invasivo, solicitamos o espaço do CEO, antecipadamente. O Elano, por exemplo, tem 19 anos e nunca foi ao dentista. Ele possui todos os dentes, mas precisava de atendimento odontológico ambulatorial, que é a profilaxia, raspagem e restauração, antes de passar pela cirurgia cardíaca. Este serviço é multidisciplinar e, uma vez concluída essa etapa, o paciente está apto para o procedimento", explicou a especialista.
Tratamentos odontológicos realizados antes de uma cirurgia cardíaca são fundamentais para reduzir o risco de infecções como no caso da endocardite, que é uma inflamação grave que atinge a camada interna do coração. Uma vez que microrganismos presentes na boca, como fungos e bactérias, atingem a corrente sanguínea, podem provocar complicações no pós-cirúrgico, caso não sejam tratados da melhor maneira.
"O atendimento no beira-leito é fundamental, mas, quando precisamos de equipamentos mais especializados, como cadeiras para dentistas e equipe multifuncional, é ao CEO que recorremos. Isso agiliza, principalmente, a fila de espera para cirurgias", reforça Renatta.
Os hospitais de Emergência (HE), de Clínicas (Hcal), da Mulher Mãe Luzia (HMML), da Criança e do Adolescente (HCA) e o Hospital Estadual de Santana oferecem o serviço especializado. A estratégia é aumentar ainda mais a assistência odontológica dentro das unidades de saúde para que o paciente tenha a oportunidade de ser atendido de forma integral.
“Uma lei estadual [2508/20] tornou obrigatória a presença da equipe de odontologia nos hospitais do estado. Atualmente, nós atuamos principalmente nas UTIs e nas salas vermelhas. Esses profissionais são dimensionados de acordo com o número de leitos", pontuou o coordenador estadual de Saúde Bucal, Daniel Moraes.
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