Governo do Amapá divulga resultado da qualidade da água após rompimento de barreira em garimpo ilegal, no Rio Cupixi
Análise feita pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), confirmou a presença de metais com pequena variação.
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A força-tarefa criada pelo Governo do Amapá em resposta ao rompimento de barramento ocorrido em garimpo ilegal que despejou lama e rejeitos no Rio Cupixi, no município de Pedra Branca do Amapari, divulgou nesta sexta-feira, 28, o resultado da análise de qualidade da água realizada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, no Pará. O laudo, com base em 9 amostras coletadas nos dias 13 e 17 de fevereiro, confirma pequena variação na presença de metais pesados.
Conforme o laudo, o resultado observado para alumínio, ferro, manganês e mercúrio apresentaram valores referenciais um pouco acima do limite estabelecido pela Resolução nº 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Com relação ao mercúrio, especificamente, o valor referencial é 0,0002 miligramas por litro de água. De acordo com o documento, foi encontrado nas amostras 0,0003 por litro.
Segundo o Instituto, muitos estudos já observaram que a presença desses elementos é comum na região amazônica devido às características do solo rico nestes componentes, como é o caso do manganês com jazidas no município de Serra do Navio.
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"Com base nas amostras de água coletadas em vários pontos do Rio Cupixi, a análise da qualidade da água feita pelo Instituto Evandro Chagas confirmou a presença de metais, inclusive o mercúrio, com uma variação pequena acima do permitido pelo Conama. Até o momento, ainda não identificamos impactos significativos. Contudo, as equipes de Governo do Amapá continuam atuando com ações de campo e preventivas no local, além de prestar apoio às famílias da comunidade local", explicou Cássio Peterka, superintendente da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
Para esta análise, os técnicos da SVS coletaram 9 amostras de água em pontos e horários diferentes ao longo do Rio Cupixi. Novas coletas serão realizadas para fazer novos valores de comparação da qualidade do recurso hídrico.
As análises possuem protocolo diferente para cada amostra. Os sedimentos possuem um processo mais demorado, devido ao tratamento necessário do material coletado para a identificação de metais pesados, a previsão é de que o resultado seja concluído na próxima semana. Já a análise do pescado está sendo feita por técnicos especializados do Instituto de Pesquisa do Amapá (Iepa).
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Plano de Ação e Monitoramento Contínuo
O Comitê de Crise e Respostas Rápidas do Governo do Estado, criado para gerenciar a situação, segue atuando a partir do Plano de Ação que faz o monitoramento contínuo da bacia hidrográfica e de toda a área, que abrange os municípios de Pedra Branca do Amapari, Porto Grande e Ferreira Gomes.
Entre as ações preventivas, no início desta semana, a SVS capacitou profissionais de saúde da rede estadual e municipal de Porto Grande para identificação de sinais e sintomas de possíveis casos que possam surgir em caso de contaminação.
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“Estamos trabalhando para identificar a extensão dos danos ambientais, toda equipe de Governo segue mobilizada trabalhando para evitar novos incidentes e, principalmente, prestar apoio", enfatizou a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça.
A Defesa Civil Estadual enviou um efetivo para o local que está atuando em campo fazendo o monitoramento e vistorias nas áreas de barramentos. O trabalho preventivo busca evitar risco de novos rompimentos.
A Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) já atendeu 1 mil famílias da região com kits de alimentos e água mineral. Além disso, se mantém de sobreaviso, caso necessite de auxílio humanitário às famílias afetadas, especialmente nas comunidades Cupixi e São Domingos.
Força-tarefa
A força-tarefa do Governo do Amapá segue mobilizada para minimizar os impactos ambientais e garantir a segurança das comunidades afetadas, reforçando o compromisso com a proteção ambiental e o bem-estar da população.
Participam das ações, representantes das secretarias de Meio Ambiente (Sema), Saúde (Sesa), Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Assistência Social (Seas), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), além das Secretarias de Estado de Mineração (Semin), Mobilização e Participação Popular e Comunicação (Secom). As secretarias e órgãos estaduais atuam de forma integrada com a Prefeitura Municipal de Porto Grande e recebem apoio da bancada federal do Amapá, em Brasília.
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Orientação às famílias da região
A colaboração entre essas instituições visa garantir uma resposta eficaz ao incidente e a implementação de todas as medidas preventivas necessárias para evitar futuros incidentes. A força-tarefa representa um esforço coordenado para enfrentar os desafios ambientais e sociais decorrentes do rompimento do barramento, demonstrando a importância da integração entre governos e órgãos especializados em situações de crise.
O Governo do Amapá, mantém a orientação aos moradores da região para não consumirem a água do rio e o pescado até que os resultados dos demais laudos sejam concluídos. A Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) se mantém de sobreaviso, caso necessite de auxílio humanitário às famílias afetadas, especialmente nas comunidades Cupixi e São Domingos.
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