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Caesa passa por estudo para viabilidade de concessão à iniciativa privada

Concessão da companhia vai permitir eficiência no serviço de saneamento no Amapá.

Por Redação
17/01/2017 11h56

Estudo vai apontar a viabilidade de concessão da Caesa à iniciativa privada

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) é uma das oito primeiras empresas de saneamento do país que vão passar por estudos técnicos que definirão a viabilidade e o modelo de negócio para concessão à iniciativa privada. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o responsável pelo leilão dessas concessões.

As concessões em saneamento são a primeira parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do Governo Federal. O Amapá também apresentou projetos para inclusão do setor de transportes e portos no programa. O objetivo é melhorar a prestação de serviços para o cidadão e alavancar o investimento, impulsionando a geração de empregos.

Hoje, a Caesa é uma empresa insolvente, sem capacidade de pagar as próprias contas e nem garantir à população o direito a saneamento. Segundo cálculos da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), a Caesa necessita de um investimento inicial, apenas para obras emergenciais, que ultrapassa os R$ 800 milhões. Recursos quem nem o Estado e nem a União tem disponível.

Só em 2016, o Tesouro Estadual aportou quase R$ 25 milhões na companhia. Desse valor, R$ 14 milhões foram referentes às contas de consumo de água e esgoto da própria administração pública. O restante, mais de R$ 10 milhões, foi de aporte financeiro para aumento de capital.

“Esse dinheiro foi utilizado apenas para o custeio da própria companhia, para pagamento de folha de pessoal e produtos químicos. Não sobrou nada para investimento”, declarou Antônio Teles Júnior, gestor da Seplan.

Teles explicou ainda que o estudo é a primeira etapa do processo que vai apontar a viabilidade ou não de abrir a concessão da companhia para a iniciativa privada. “Essa é a primeira fase de um processo que vai se desenrolar nos próximos anos”, disse o secretário.

Com a entrada de capital do setor privado, caso seja aprovada a concessão, a expectativa é que ocorra uma melhora no processo produtivo e na prestação do serviço da Caesa. Esse aumento de eficiência irá expandir a atuação da empresa, gerando mais empregos. “Isso, sem contar os benefícios para saúde. A Funasa tem um estudo que para cada um real gasto em saneamento, quatro reais são economizados em saúde pública”, completou o secretário.

O secretário também esclarece que o Estado continua responsável pela regulação do serviço e das tarifas. “A empresa não terá autonomia para aumentar o valor da conta de água. Tudo isso será regulado pelo Estado, sempre priorizando o que for melhor para a população”, finalizou.

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