Governo do Amapá capacita profissionais da educação para fortalecer a inclusão escolar
Atividade segue até esta quarta-feira, 12, e conta com 370 participantes. Projeto "Laços da Inclusão" promove estratégias e práticas pedagógicas voltadas à educação inclusiva.

O Governo do Amapá deu início na terça-feira, 11, à nova etapa do projeto "Laços da Inclusão: Estratégias e Práticas Pedagógicas Inclusivas no Contexto Escolar", que capacita profissionais da educação para fortalecer a inclusão escolar. O evento acontece na Faculdade Estácio da Zona Sul, em Macapá, e segue até esta quarta-feira, 12, reunindo cerca de 370 educadores, entre técnicos, gestores, professores da rede estadual de ensino e profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE), divididos em duas turmas de manhã e tarde.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), o "Laços da Inclusão" tem sido um pilar na formação continuada de profissionais que atuam na educação especial e na sala de aula regular. O objetivo é garantir que a inclusão escolar não se limite apenas ao atendimento educacional especializado, mas se torne uma realidade em todo o ambiente escolar.

“Nossa meta é que a inclusão seja um compromisso coletivo dentro da escola, indo além do Atendimento Educacional Especializado. Todos os professores, técnicos e gestores podem e devem participar das formações para garantir uma inclusão verdadeira”, destacou Nelcirema da Silva Pureza Ferreira, gerente do Núcleo de Educação Especial da Seed.
A programação inclui palestras, mesas redondas e momentos de debate, abordando temas como ensino colaborativo, avaliação e planejamento pedagógico para alunos com deficiência e transtorno do espectro autista. Segundo Pureza, um dos principais objetivos do evento é desmistificar a inclusão escolar e fortalecer o diálogo entre os professores da sala comum e os profissionais do AEE.
“Estamos enfatizando a participação dos professores da sala comum nesse processo formativo. A inclusão precisa ser compreendida e aplicada por todos os profissionais da educação, não apenas pelos especialistas da área”, explicou Pureza.

O professor doutor Ronaldo Manassés, responsável pela palestra de abertura "Desmistificando a inclusão: desafios e possibilidades no universo escolar", destacou que o principal desafio da educação inclusiva não está apenas nas metodologias ou recursos disponíveis, mas na postura dos educadores. Segundo ele, desmistificar a inclusão significa compreender que cada aluno possui suas particularidades e que a formação continuada dos professores é essencial para garantir um ensino de qualidade.

“O professor pode ter a melhor formação, ele pode ter um nível de pós-doutorado, mas se atitudinalmente ele não se deixa dar a possibilidade de fazer diferente e de acolher o seu aluno, ele não vai conseguir fazer um atendimento de qualidade”, ressalta Manassés.
Para ele, o maior obstáculo na inclusão escolar é a barreira atitudinal, que muitas vezes impede que as adaptações necessárias sejam feitas. Dessa forma, ele reforça que a inclusão só será uma realidade quando houver um compromisso genuíno dos profissionais da educação em acolher e atender às necessidades específicas de cada estudante.
A iniciativa está alinhada à Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que tratam da oferta de educação inclusiva e do atendimento adequado a estudantes com deficiência nas escolas regulares.

Avanços e expansão do projeto
Desde o seu lançamento, em agosto de 2023, o "Laços da Inclusão" já impactou mais de 1.200 profissionais da educação em Macapá e outros municípios. Em agosto de 2023, o projeto atendeu 420 professores na primeira edição. Em outubro do mesmo ano, capacitou 300 cuidadores e 80 professores de ensino especializado e profissionais de apoio educacional. Além disso, ações formativas foram realizadas em municípios do interior, incluindo escolas do campo, indígenas e unidades voltadas à Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Outro destaque foi o 1º Seminário de Pesquisa sobre Inclusão e Possibilidades para Pessoas com Deficiência, realizado em dezembro de 2023, que consolidou o debate sobre estratégias educacionais inclusivas.
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