Hospital da Criança e do Adolescente do Amapá adota protocolo de atendimento para crianças com agravamento da diabetes
O objetivo é garantir que todos os profissionais sigam os mesmos protocolos em situações críticas, agilizando a assistência ao paciente e diminuindo os riscos de complicações.

Os médicos do Pronto Atendimento Infantil (PAI) e do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá, estão participando de várias capacitações para padronizar os atendimentos e garantir que todos os profissionais sigam os mesmos protocolos em situações críticas, agilizando a assistência ao paciente e diminuindo os riscos de complicações.
Em março, uma das orientações foi sobre o manejo de casos de diabetes e cetoacidose diabética em crianças. O treinamento foi ministrado pela endocrinologista pediátrica, Lenise Barreto, do Hospital Universitário (HU), e incluiu a apresentação do novo Protocolo Clínico de Cetoacidose Diabética do PAI.
A unidade de saúde atendeu em 2024, oito pacientes com complicações da diabetes, enquanto que de janeiro a março deste ano, 4 crianças deram entrada no PAI necessitando de atendimento.

A cetoacidose diabética é uma complicação do diabetes tipo 1, uma condição grave que acontece quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético estão muito altos e a quantidade de insulina, hormônio responsável pelo controle da glicose na corrente sanguínea, está baixa. Se não tratada rapidamente, pode evoluir para risco de morte.

“Nós ministramos o curso para esses profissionais e conseguimos montar o protocolo de atendimento. A ideia é padronizar o tratamento e esclarecer todas as dúvidas dos médicos, garantindo que todos saibam o que fazer e como fazer nesses casos. O mais importante é salvar a vida de quem precisar desse tratamento”, destacou a médica.
Durante o treinamento, foram abordados temas como diagnóstico da cetoacidose, cálculos necessários para administração de medicações e soros, e exemplos práticos baseados em casos clínicos vivenciados pela especialista.
Além disso, foi detalhado o protocolo que deverá ser seguido desde a entrada do paciente na unidade até os atendimentos mais complexos, como aqueles realizados na Sala de Estabilização (Sala Amarela), na Sala Vermelha, com leitos de semi-intensivos e, em casos críticos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A pediatra Caroline Campos explicou que essa atividade faz parte de uma série de treinamentos que estão sendo organizados para aprimorar o atendimento no PAI.
“A cetoacidose diabética é a principal complicação da diabetes tipo 1 e a segunda causa de doenças crônicas que atendemos aqui, perdendo apenas para a asma. Esse protocolo é essencial para que possamos atender de forma mais eficiente e uniforme, garantindo que todos os nossos médicos atuem com segurança e precisão no diagnóstico e tratamento desses pacientes”, explicou a pediatra.
Com a implantação do novo protocolo, espera-se que os médicos possam identificar precocemente os casos de cetoacidose diabética e direcionar os pacientes para o local adequado de atendimento, melhorando assim a qualidade do tratamento oferecido no Pronto Atendimento Infantil.

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