Gestão militar compartilhada é apresentada para pais e alunos

Reunião esclareceu de que forma será executado o novo método de ensino nas duas escolas estaduais

Alunos, pais e professores puderam conhecer mais na manhã desta quinta-feira, 19, sobre como funcionará o trabalho de gestão militar compartilhada. O evento aconteceu no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As escolas estaduais Antônio Messias, no bairro Zerão, e Risalva Freitas do Amaral, bairro Pantanal, recebem este ano o novo modelo de ensino, dividindo a gestão com a Polícia Militar do Amapá (PM/AP) e o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP).

A reunião contou com técnicos da Secretaria de Estado da Educação (Seed), representantes dos movimentos estudantis, militares e sociedade civil, apresentando de forma objetiva como se dará a gestão militar compartilhada. O encontro teve a participação de representantes da União dos Estudantes dos Cursos Secundários do Amapá (Uecsa).

De acordo com a coordenadora do Centro de Educação Básica e Profissionalizante da Seed, Dina Melo, a gestão compartilhada com a PM/AP e o CBM/AP, é uma ação de apoio entre as instituições militares e a secretaria. “O trabalho vai continuar seguindo a base nacional de ensino, mas com ações pedagógicas militares, como abordando assuntos de ética, cidadania, respeito ao próximo, entre outros. Um trabalho que também faz parte da escola”, explicou Dina.

Na oportunidade os alunos puderam também despertar o interesse pelo modelo de ensino. Para Rogério Martins, de 15 anos, aluno do 8º anos da Escola Estadual Nanci Nina Costa, a oportunidade da escola militar é muito atraente. “Eu quero mudar de escola para poder estudar na Antônio Messias, que acredito será muito bom pra mim, com um ensino melhor e nos ensinando várias coisas boas”, contou Rogério.

Escola Antônio Messias

A Escola Estadual Antônio Messias, que fica no bairro Zerão, Zona Sul da capital, terá a gestão compartilhada com a PM/AP. A escola foi escolhida por meio de uma vistoria técnica feita no ano passado pela da Polícia Militar, que identificou os requisitos que obedecem ao padrão estabelecido para a implantação do modelo militar, tais como a ampla abrangência do impacto social no bairro da escola e a infraestrutura predial.

A representante da PM na comissão de implantação, capitã Sara Sousa, esclareceu que a gestão da escola se dará por meio da inclusão de projetos dentro da escola, como os já conhecidos Peixinhos Voadores, Cidadão Mirim e Proerd. “Vamos trabalhar também a questão de cidadania e valores dos alunos, a convivência, seguindo o modelo de ensino militar, que visa trabalhar os objetivos de aprendizado escolar, preparar os jovens para o mercado de trabalho e os exames nacionais da base curricular”, destaca a capitã.

O corpo técnico de profissionais da PM que atuarão na escola será em média de 30 pessoas.

Escola Risalva Freitas do Amaral

A Escola Estadual Risalva Freitas do Amaral, localizada no bairro Pantanal, Zona Norte da capital, terá a gestão compartilhada entre CBM/AP e Seed. De acordo com a comissão do órgão de segurança, a escola foi escolhida por obedecer aos critérios de localização, maior abrangência (atende alunos de 14 bairros, em média), possuir ampla estrutura física e estar inserida em uma área de vulnerabilidade social.

Segundo a tenente Grayce Pantoja, que será diretora na escola Risalva Freitas, os alunos farão parte de projetos sociais já desenvolvidos pela instituição. Haverá, ainda, o apoio de monitores que contribuirão para a organização do ambiente e disciplina no espaço escolar.

“Vamos focar nas metas que colocamos no nosso plano de trabalho, como melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica [Ideb] da escola, implementar também os conteúdos que já estão na matriz curricular como temas abordando cidadania, defesa civil, educação ambiental e disciplina”, finalizou a diretora.

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