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SEGURANÇA PARA INVESTIMENTOS

Zoneamento Ecológico Econômico do Amapá é aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa e entregue ao governador Clécio Luís

Marco legal para o desenvolvimento sustentável do Amapá, que detalha a área produtiva do estado, incluindo solo, clima e biomas, pode ser sancionado em até 15 dias úteis.

Por Winicius Tavares
02/04/2025 08h00
Governador Clécio Luís e deputados estaduais segurando o documento que marca um passo importante para o desenvolvimento sustentável do Amapá
Governador Clécio Luís e deputados estaduais segurando o documento que marca um passo importante para o desenvolvimento sustentável do Amapá
Foto: Maksuel Martins/GEA

Um marco fundamental para o desenvolvimento do estado, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Amapá foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) nesta terça-feira, 1º de abril, e entregue ao governador Clécio Luís e ao vice-governador Teles Junior no Palácio do Setentrião, em Macapá. A iniciativa representa a etapa final de um conjunto de medidas previstas no Plano de Governo, que inclui o novo Código Socioambiental e a Regularização Fundiária, para destravar a economia do estado. 

A aprovação do ZEE ocorre após uma série de estudos coordenados pelo Governo do Estado e debates públicos que envolveram instituições de pesquisas, universidades, representantes dos setores público, privado e da sociedade civil, que fizeram diversas contribuições. 

“É um dia histórico, a abertura para futuros investimentos no Estado, trazendo segurança jurídica, ambiental e política para tudo o que se pensar fazer neste estado, desde um simples estudo em pesquisa aplicada, passando pelas decisões de estado, políticas públicas, até a decisão de um empreendedor que queira investir no Amapá. Tem tudo para ser um grande exemplo para o Brasil, uma grande vitrine na COP 30, em Belém", destacou o governador Clécio Luís. 

Presidente da Alap, Alliny Serrão, entregou o projeto de lei do ZEE aprovado ao governador Clécio Luís
Presidente da Alap, Alliny Serrão, entregou o projeto de lei do ZEE aprovado ao governador Clécio Luís
Foto: Maksuel Martins/GEA

“Aprovamos por unanimidade o projeto de lei na Assembleia Legislativa e estamos aqui para entregá-lo ao governador. Sabemos que este é um passo importante e um momento significativo, pois tivemos a oportunidade de aprovar um instrumento essencial para o futuro do estado, oferecendo a segurança jurídica necessária para que o Amapá possa crescer da forma que merece”, enfatizou a presidente da Alap, Alliny Serrão. 

No parlamento estadual, foi formada uma comissão especial mista para discutir e avaliar o tema. A comissão foi presidida pelo deputado Jesus Pontes e teve como relator o deputado Rodolfo Vale. Foram realizadas diversas reuniões na Assembleia Legislativa e em outros espaços para fortalecer o diálogo ouvindo as partes envolvidas, como o Governo do Estado e a população, a fim de garantir a elaboração de um relatório preciso que atendesse às necessidades de todos. 

Para o governador Clécio Luís, aprovação do ZEE significa a porta de entrada para investimentos no estado
Para o governador Clécio Luís, aprovação do ZEE significa a porta de entrada para investimentos no estado
Foto: Maksuel Martins/GEA

Zoneamento Ecológico-Econômico 

O instrumento gera segurança para qualquer tipo de investimento e atividade econômica ao definir os locais de preservação ambiental e áreas para uso sustentável dos recursos naturais. O ZEE também norteia investidores, auxiliando setores com maior potencial de investimentos em agricultura, turismo, indústria e energia renovável, além de permitir que governos possam oferecer incentivos fiscais e financiamentos específicos para projetos em áreas estratégicas. 

O estudo, desenvolvido ao longo de 27 anos por servidores estaduais, contou com a colaboração de mais de 130 pesquisadores, mais de  30 instituições e duas universidades da Espanha. O trabalho resultou em um relatório de 13.100 páginas, que servirá como base para o planejamento e a implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico e ambiental, com informações detalhadas sobre o solo, clima, microclimas e biomas de 100% da área produtiva do território do amapaense. 

Estudos foram desenvolvidos por pesquisadores do Amapá, com apoios de instituições locais, nacionais e internacionais
Estudos foram desenvolvidos por pesquisadores do Amapá, com apoios de instituições locais, nacionais e internacionais
Foto: Maksuel Martins/GEA

Além de utilizar diversos dados secundários e já existentes no estado, a equipe se dedicou a realizar dados primários, com levantamento de demandas em todos os municípios e visitas a campo e acompanhamento direto realizado no diagnóstico. A pesquisa incluiu também áreas como as de povos e comunidades tradicionais, patrimônio arqueológico e o estudo de regiões endêmicas para a transmissão de doenças, mesmo que não fosse uma exigência do Ministério do Meio Ambiente, que acompanhou os estudos conduzidos de forma dialogada e em consonância com as diretrizes do órgão. 

Diretor de pesquisas do ZEE, Allan Kardec, explicou que estudos foram além das exigências
Diretor de pesquisas do ZEE, Allan Kardec, explicou que estudos foram além das exigências
Foto: Maksuel Martins/GEA

"Temos um grupo no Iepa (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá) que não fica atrás de nenhuma instituição de pesquisa do Brasil. Contamos com grandes pesquisadores no instituto, na Unifap, na Ueap. O Amapá não perde para ninguém. Estamos entregando um documento que, sem dúvida, ajudará o estado a crescer, mantendo o título de ser o mais preservado da Amazônia”, explicou o pesquisador e diretor de pesquisas do IEPA, Allan Kardec. 

Em paralelo ao processo de sanção, está sendo avaliado o desenvolvimento de um aplicativo que irá apresentar  para a sociedade os estudos de Zoneamento Ecológico-Econômico, que permitirá aos usuários, por meio de realidade virtual e aumentada, explorar as áreas, microclimas e microrregiões do estado. A iniciativa permite que os usuários colham informações detalhadas, com o objetivo de apoiar desde a pesquisa até os investimentos na região.

Diversas reuniões foram realizadas visando a elaboração de um relatório que atendesse a todas as necessidades
Diversas reuniões foram realizadas visando a elaboração de um relatório que atendesse a todas as necessidades
Foto: Maksuel Martins/GEA

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