Ato de enfrentamento ao feminicídio reúne mulheres e familiares de Jenife da Silva em Santana
Com o apoio do Governo do Amapá e da Rede de Atendimento à Mulher (RAM), momento reforçou o pedido por justiça pela população.

A emoção tomou conta da população, amigos e familiares de Jenife da Silva durante o ato de enfrentamento ao feminicídio e pedido por justiça realizado na Praça do Fórum, em Santana, na terça-feira, 8. A estudante de medicina de 37 anos foi encontrada sem vida em 2 de abril em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde fazia faculdade.
Com participação de movimentos sociais, membros dos órgãos da Rede de Atendimento à Mulher (RAM) de Santana, da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (SEPM) e da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amapá (OAB/AP), o momento relembrou a vida da jovem santanense e reforçou as ações públicas de enfrentamento à violência de gênero.
“A partir do momento que soubemos do caso, acionamos todos os órgãos da RAM, mais especificamente os de Santana, para atendimento inicial da família, levando em consideração que foi um caso ocorrido no exterior. Nós estamos, no âmbito da RAM, em tratativas junto a embaixada da Bolívia para o translado do corpo, além de estarmos fazendo atendimento psicológico e acolhimento para tentar amenizar a dor dessa família”, ressaltou a secretária de Estado de Políticas para Mulheres, Adriana Ramos.

A estudante de medicina foi encontrada morta no apartamento em que morava na cidade boliviana. As investigações iniciais apontam que Jenifer faleceu após sofrer violência física e sexual por um adolescente de 16 anos. A vítima deixou dois filhos.

“A família está muito abalada com toda essa situação. Os pais não tiveram condições de participar do ato. Estamos acompanhando as investigações, agora, com a presença de alguns parentes na Bolívia e de uma advogada brasileira. Recebemos apoio do Governo do Estado, do Itamaraty, do senador Randolfe Rodrigues, da Ordem dos Advogados do Amapá, além da ajuda com o pix solidário e que agradecemos muito por todo o apoio”, informou a prima de Jenifer, a servidora Cirlene Fernandes, de 28 anos.

O ato público e pacífico foi acompanhado pela Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Amapá. A coordenadora, capitã Waldenice Nogueira, ressaltou que além de prestar o serviço policial, a equipe participou do ato para reforçar que o crime não seja minimizado.

“Infelizmente mais uma mulher vítima de feminicídio, de uma forma tão brutal em que deixa consequências muito triste tanto para a família e amigos, e da própria sociedade que busca por justiça. A Polícia Militar do Amapá não podia deixar de participar desse ato para que esse crime não fique impune”, ressaltou a capitã.
A secretária de Políticas para Mulheres de Santana, Leá Soryana, também ressaltou a necessidade de dar visibilidade ao ato. “Nós enquanto Secretaria da Mulher junto com a Prefeitura de Santana, com o apoio do Governo do Estado, com a OAB, com os representantes dos três poderes e com a família da Jenifer queremos agradecer a todos que colaboraram com esse ato, e dizer chega de impunidade. Estamos aqui para que seja espalhado para o Brasil e para o mundo, que quem fez essa grande crueldade, pague. E por isso que estamos aqui pedindo Justiça por Jenifer”, finalizou.

Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!