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CAPACITAÇÃO E INCLUSÃO

Abril da Resistência: Governo do Estado promove capacitação empreendedora para indígenas do Amapá e Norte do Pará, em Macapá

Ação com curso voltado para a área da estética e beleza começou nesta quinta-feira, 10, como parte da 2ª edição do evento.

Por Bianck Bastos
11/04/2025 16h02
Iniciativa busca proporcionar oportunidades de profissionalização para indígenas no Amapá

Com foco em proporcionar alternativas empreendedoras para indígenas do Amapá e Norte do Pará que residem na capital, o Governo do Estado proporcionou um curso de capacitação na área da estética e beleza. Iniciativa que faz parte da programação da 2ª edição do Abril da Resistência, acontece na Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), no Centro de Macapá, e atende os povos Tiriyó, Kaxuyana, Apalai e Wayana.

A programação, além de promover alternativas de geração de renda, também é uma forma de democratizar conhecimentos e inclusão no mercado. Para a indígena do Parque do Tumucumaque, acadêmica do curso de odontologia, Mikori Bruna Tiriyó, o curso é mais uma oportunidade de aprendizado.

Acadêmica de odontologia, Mikori Bruna Tiriyó

“Tinha um sonho de aprender mais sobre essa área. É uma capacitação que, depois que eu terminar meu curso de odontologia, penso em investir também no ramo. Estou gostando muito, já aprendi as técnicas, como colocar cílios e fazer a sobrancelha, estou muito contente porque é mais um conhecimento para a gente”, relatou Mikori.

Sob coordenação da Sepi, a ação encerra nesta sexta-feira, 11, com entrega de kits dos materiais de beleza, momento de conversa e distribuição de lanches. Durante o evento, representando a secretária dos Povos Indígenas, em exercício, a adjunta Oriane Kaxuyana Tiriyó explicou sobre a importância da ação.

Secretária adjunta da Sepi, Oriane Kaxuyana Tiriyó

“Essa programação aqui em Macapá faz parte do Abril da Resistência do Governo do Amapá, e estamos aqui ofertando curso de capacitação para os povos indígenas do Amapá e Norte do Pará, com curso na área da beleza, ensinando as mulheres sobre colocação de cílios e de designer de sobrancelha. E também essa é a forma de ajudar e dar oportunidade, além de espalhar o conhecimento”, reforçou Oriane.

A ação já percorreu as terras indígenas Kumarumã, Kumenê e nesta sexta-feira, 11, atende Espírito Santo, e posteriormente segue nas comunidades Curipi, Galibi e Uahá. À frente da coordenação está a Sepi, com apoio das Secretarias de Estado do Trabalho (Sete), Meio Ambiente (Sema), Pesca e Aquicultura (SEPAq), Educação (Seed), Fundação Marabaixo, além do Instituto Federal do Amapá (Ifap) e Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM-AP).

Ação ocorre em Macapá até esta sexta-feira, 11, e atende os povos Tiriyó, Kaxuyana, Apalai e Wayana

Abril da Resistência

Em uma programação diversa, o Governo do Estado promove neste ano aos povos originários do Amapá e Norte do Pará ações itinerantes empreendedoras com cursos e oficinas, no intuito alcançar maior parte das aldeias do município de Oiapoque e, concomitantemente, indígenas que residem na capital Macapá. A medida prevê fortalecer e incentivar a economia das regiões, levando em conta os aspectos culturais e os saberes tradicionais.

Nas jornadas itinerantes pelas terras indígenas Uaçá, as 6 aldeias originárias, com a participação das demais adjacentes da região, estão sendo contempladas com cursos na área da estética e beleza, corte de cabelo, elaboração de projetos e portfólios para submeter em editais culturais, além de oficinas com instruções de primeiros socorros e combate a incêndios 

Ação com curso voltado para a área da estética e beleza começou nesta quinta-feira, 10, na Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), no centro da capital

Além disso, também foram promovidos momentos de conversa com as lideranças indígenas das comunidades sobre a execução de possíveis políticas públicas sustentáveis para incentivar as práticas da piscicultura, com a criação de peixes em ambientes controlados, manejo do pirarucu e agricultura familiar. 

Um dos fatores que possibilitou que o Governo do Amapá levasse as ações empreendedoras com capacitações nas comunidades foram os desafios enfrentados nas roças, devido à propagação da vassoura-de-bruxa, doença fúngica que atinge a maior parte das vegetações que produzem a mandioca, enfraquecendo o fluxo da economia local.

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