Desinternação progressiva: internos do Centro de Custódia de Macapá participam de momento terapêutico no Curiaú
Atividade ao ar livre contou com o apoio da Coordenação de Saúde Mental da Sesa e prepara para o retorno gradual deles à convivência social.

Esta quarta-feira, 16, foi marcada por um momento de leveza, integração e conexão com a natureza para os internos do Centro de Custódia do Novo Horizonte, em Macapá. Uma atividade terapêutica realizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Curiaú, proporcionou cuidados com a saúde mental, autonomia e resgate da convivência social do grupo.
A iniciativa faz parte do Programa de Desinternação Progressiva desenvolvido pelo anexo do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), que atua em parceria com a Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O banho ao ar livre foi mais do que um simples passeio, foi uma preparação emocional para os que estão à caminho da liberdade.

"É um momento simbólico, um passo importante na reconstrução de laços com o mundo exterior. Trabalhar a socialização, o lazer e a interação com o ambiente são pilares fundamentais para promover autonomia e saúde mental", explica Marlúcia Milhomem, coordenadora estadual de Saúde Mental da (Sesa).
A psicóloga reforça que esse tipo de atividade também cumpre os princípios da Política Nacional de Humanização, ao reconhecer a importância do cuidado também para quem está privado de liberdade.

A ação contou com a presença de profissionais do Centro de Atenção Psicossocial (Caps Gentileza), incluindo educadores físicos que realizaram atividades leves e interativas, estimulando o corpo e a mente.
Segundo os organizadores, o impacto positivo da primeira edição do passeio motivou a repetição da experiência, que tem sido recebida com entusiasmo pelos participantes. Adriane Maria do Santos Cavalcante, chefe do Centro de Custódia, destacou o valor transformador do encontro para os internos.

"Eles precisam viver esses momentos. Muitos estão lá há 20 anos. Então nós precisamos realmente prepará-los para sair, para que eles vejam outras pessoas, para que eles consigam estabelecer novamente o convívio social. É por meio dessas vivências que conseguimos reconstruir vínculos e preparar cada um para reencontrar seu lugar na sociedade", ressaltou Adriane.
A ação no Curiaú é mais uma etapa do caminho para a liberdade com dignidade, respeitando os direitos humanos e oferecendo aos internos a oportunidade de recomeçar.
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