Após 17 anos, Governo do Amapá promove aula inaugural do 3º Curso de Operações Aéreas na Segurança Pública
Duração do COA será de 8 semanas, iniciando na próxima segunda-feira, 28, com encerramento previsto para 20 de junho.
Como parte das políticas de fortalecimento da Segurança Pública do Governo do Amapá, nesta sexta-feira, 25, aconteceu no auditório da Justiça Federal, na Zona Norte de Macapá, a aula inaugural do III Curso de Operações Aéreas (COA-2025). Após várias etapas como o Teste de Aptidão Física, de Habilidades Específicas e a Semana Administrativa, 20 alunos se tornaram aptos para seguir no certame.
Na oportunidade servidores do Grupo Tático Aéreo (GTA) e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), do Pará, receberam medalhas de mérito, em reconhecimento ao serviço de resgate prestado aos três sobreviventes da queda de um helicóptero, na Região do Parque do Tumucumaque, no Amapá, em agosto de 2023, quando prestavam serviço para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei). Foram entregues honrarias também aos agentes do GTA envolvidos no resgate de quatro pessoas desaparecidas no Vale do Cajari, no município de Laranjal do Jari, em março deste ano.
Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o curso, que não acontecia há 17 anos, é um dos mais aguardados pelos agentes públicos, pois o processo irá formar os futuros operadores aerotáticos do GTA, disponibilizando ao final da formação, novos integrantes "multimissão" que vão atuar em diversos cenários, como, resolução de ocorrências de resgate, busca e salvamento, missões humanitárias, combate às organizações criminosas, tráfico de drogas, além do apoio e suporte a outros órgãos e instituições.
"Depois de 17 anos, conseguimos fazer um curso dessa magnitude na gestão do governador Clécio Luís. Este é um curso muito importante, porque estamos capacitando e valorizando o ainda mais nosso servidor da Segurança Pública e, ao mesmo tempo, valorizamos a pauta principal da nossa segurança, que é a integração das forças", relatou Daniel Marsili, secretário adjunto de Segurança Pública.
De acordo com o capitão Waldecy Teles, coordenador do III COA, a partir da aula inaugural, se inicia um quadro de trabalho semanal com várias instruções, disciplinas, conhecimentos, treinamentos, provas e avaliações. A duração será de 8 semanas, iniciando na segunda-feira, 28, com encerramento previsto para 20 de junho.
"Essa é uma oportunidade para os servidores públicos, da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, que se habilitaram, depois de passar por fase de testes. Agora na condição de alunos começam as atividades teóricas e práticas. Eles receberão conhecimentos, não só na parte aérea, mas no trabalho terrestre e também no meio aquático, requisitos primordiais para terem condições de se formarem operadores aerotáticos multimissão no GTA do Amapá", esclareceu Teles.
O III COA é realizado por profissionais do Amapá com todo o aparato do Governo do Estado. Os servidores públicos que estão no processo de especialização, não precisaram sair do Amapá, como aconteceu em anos anteriores. Os dois últimos COA's aconteceram em 2006 e 2008, segundo o tenente-coronel Eder Prado, coordenador do GTA.
"Durante esses 17 anos fomos qualificados por outros estados, viajamos para o Rio de Janeiro, para o Distrito Federal, Pará, para adquirir conhecimentos e estar cada vez mais preparados. E hoje, na atual gestão do Governo do Estado, voltamos com o nosso próprio Curso de Operações Aéreas, para ensinar nossa doutrina e conhecimentos para nossos agentes da segurança pública", disse Prado.
Ficaram para as próximas etapas de conhecimentos, 10 policiais militares, sendo duas mulheres, 6 bombeiros militares, sendo 1 mulher e 4 policiais civis.
"Esta é uma oportunidade ímpar! Poder participar do Curso de Operações Aéreas, tendo em vista que o GTA é uma unidade que consegue recrutar profissionais especialistas de diversas áreas da segurança pública, ou seja, é um curso que vamos ter oportunidade de treinar com profissionais capacitados, tanto no que diz respeito ao salvamento, quanto à atividade policial", definiu o cabo da PM, Dmitry Wanderley, aluno do COA.
Mulheres no III COA
Atualmente o Grupamento Tático Aéreo não tem efetivo feminino, e dos 20 candidatos, 3 mulheres seguem na busca da conquista de pertencer ao GTA. É o caso da soldado Josilene Carvalho, da Polícia Militar, pertencente ao Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ela conta que está correndo atrás de um sonho profissional.
"Nós estávamos há muitos anos na expectativa desse curso, porque é um curso muito técnico, que vai engrandecer muito todos nós como profissional. Para mim, particularmente, pelo fato de ser mulher e ser um curso extremamente difícil, é um desafio muito grande, mas se Deus quiser, vai dar tudo certo", disse confiante a aluna.
Quem está na torcida pelas mulheres no COA do Amapá, é a escrivã da Polícia Civil do Pará e piloto de helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública, Cybelle Mota.
"Me sinto muito honrada de fazer parte dessa festa hoje com o GTA, na formação dos futuros operadores aerotáticos, e muito feliz que temos nesse curso três mulheres em formação. Fico extremamente contente que mais mulheres se sintam estimuladas a fazer parte da aviação aérea na segurança pública", frisou Cybelle.
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