'A gente sai mais preparado para a sala de aula', destaca professor da rede quilombola durante formação do Governo do Amapá
Mizael Malcher é professor Ensino Fundamental 1, da Escola Quilombola Estadual Cachoeira do Rio Pedreira, na Comunidade do abacate da pedreira e destacou que a formação contribui para uma prática pedagógica mais inclusiva e consciente.

Com o compromisso de garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes da rede pública, o Governo do Amapá realizou, nesta quarta-feira, 30, a primeira formação pedagógica voltada exclusivamente para educadores e gestores de escolas quilombolas estaduais, com foco na avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A capacitação aconteceu no auditório do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE) da zona Norte de Macapá e reuniu professores de todas as escolas quilombolas do estado.
Entre os participantes, esteve o professor Mizael Malcher, do ensino fundamental 1 da Escola Estadual Quilombola Cachoeira do Rio Pedreira, localizada na comunidade do Abacate da Pedreira, zona rural de Macapá. Atuando na educação desde 2023, o educador destacou a importância da ação para quem está iniciando a carreira.
“Essa capacitação vem para trazer as informações necessárias para desenvolver nosso trabalho da melhor forma possível. A gente sai mais preparado para a sala de aula, especialmente em comunidades distantes da cidade”, afirmou Malcher.

O docente também ressaltou o ineditismo da formação voltada especificamente para o contexto quilombola, o que contribui para uma prática pedagógica mais inclusiva e consciente.
“Pela primeira vez a Secretaria de Estado da Educação consegue oferecer uma capacitação direcionada aos quilombolas. Isso fortalece o movimento e o combate ao racismo nas escolas, até mesmo àquelas condutas que às vezes acontecem de forma inconsciente. É um passo importante para educar e ambientar o aluno, criando um espaço escolar mais justo", acrescentou Malcher.

Durante a formação, os educadores participaram de atividades práticas voltadas à construção de planos de aula com metodologias ativas. Segundo Mizael, essas ferramentas vão contribuir para melhorar os resultados da escola na avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), fundamental para o cálculo do Ideb.
“Estamos aprendendo a planejar do início ao fim, desde a elaboração do plano de aula até a avaliação do aprendizado. Eu espero conseguir transformar isso em um bom desempenho no Saeb, com alunos que realmente compreendam o que leem e sejam alfabetizados com qualidade”, completou o professor.

O Saeb
O Sistema de Avaliação da Educação Básica é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante.
A avaliação ocorre a cada dois anos na rede pública e reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.
As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A formação organizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), com o Núcleo de Formação Continuada (Nufoc) e do Núcleo de Educação Étnico-Racial (Neer), e terá mais três encontros ao longo do ano.
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