Boêmios do Laguinho reinaugura Theatro do Samba Francisco Lino da Silva com apoio do Governo do Estado, em Macapá
Em um momento recheado de emoções, a "nação negra" comemorou a nova sede da escola de samba.

A Universidade de Samba Boêmios do Laguinho realizou no sábado, 3, um dos eventos mais importantes de sua história que ficará marcado na memória dos torcedores. Com o apoio do Governo do Amapá, foi reinaugurada a tão sonhada sede da agremiação carnavalesca, o Theatro do Samba Francisco Lino da Silva.
A obra foi custeada com emenda parlamentar do deputado estadual Rodolfo Vale, no valor de R$ 740 mil e realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf). A sede foi totalmente revitalizada com novas áreas, como bilheteria, palco, quadra, ateliê, loja, sala de troféus, banheiros, além de dois novos mezaninos.


"A obra de revitalização contemplou todos os espaços da sede e, pensando nos eventos e ensaios o piso foi feito de granitina material de alta durabilidade e resistência, a comunidade vai poder usufruir de uma nova sede com estrutura e comodidade que o local exige para as programações da escola. Além disso, essa é uma entrega do Governo do Estado muito importante para a população amapaense, pois fomenta a valorização das tradições culturais", disse o secretário adjunto da Seinf, Leonardo Bruno Craveiro.
O senador Randolfe Rodrigues, acompanhado de gestores estaduais e demais autoridades, participou da cerimônia de reinauguração com o ato simbólico do descerramento da placa. Na ocasião, ele enfatizou a importância do Boêmios do Laguinho na história e tradição cultural do Amapá.

“A edificação desse prédio foi feita inicialmente pela comunidade, quando a ‘nação negra’ dessa região se instalou no que é hoje bairro do Laguinho, marcando o início da criação do ex-território do Amapá nos primeiros anos do governo Janary Nunes. Esse berço cultural é uma referência de história e identidade de um povo. A homenagem ao seu Lino, um dos fundadores da escola em 1954 é uma reverência as matrizes que fazem a nossa história”, enfatizou o senador Randolfe Rodrigues.

Francisco Lino da Silva
O homenageado que dá nome ao Theatro eterniza um legado para futuras gerações, Francisco Lino da Silva, é um dos fundadores da Boêmios do Laguinho e o único ainda vivo. O menestrel é autor de sambas de enredo campeões, ativista cultural e figura central para a cultura do bairro. Aos 90 anos ele declara seu amor pela escola e a gratidão pela conquista que fortalece a cultura amapaense.

"A gente lembra sempre música do grande compositor Roberto Carlos, ‘Viver esse momento lindo’, é o que estou vivendo aqui, agradeço a todos que contribuíram para esse momento. Sem a comunidade não existe carnaval, o amor une todos, que amem a sua escola, que ame seus representantes. Hoje quero apenas falar pela comunidade Boêmios do Laguinho, muito obrigado. Me sinto muito feliz e obrigado mais uma vez”, disse emocionado seu Lino, como é conhecido por todos.
Durante a cerimônia, a presidente da Boêmio do Laguinho, Daiana Roniele, destacou a emoção do momento pela conquista de uma luta que durou dez anos para se concretizar.

“Quanta honra e quanto agradecimento ao Governo do Estado, governador Clécio Luís, ao deputado Rodolfo Vale, autor da emenda que reconstruiu nossa sede e aos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre. Nós não temos palavras para agradecer, a ‘nação negra’ está muito feliz, em 72 anos de história não podia ter presente maior e não podia ter nome melhor do que Francisco Lino, nosso menestrel e fundador. Então, esse é um momento de muitas emoções e gratidão”, declarou emocionada a presidente.
Durante a cerimônia, o presidente do Conselho Deliberativo da agremiação carnavalesca, Vicente Cruz, foi condecorado com a faixa de 'Mestre Nação Negra'. A galeria da escola também rendeu homenagens ao todos os fundadores, ex-presidentes e a um dos membros integrantes, considerado imortal da cultura, Fernando Canto.
Mais homenagens
Para celebrar a reinauguração do Theatro do Samba Francisco Lino da Silva, espaço simbólico que resgata a memória, o samba e a força cultural do bairro Laguinho foram dois dias de festa. O momento foi marcado por reconhecimento, homenagens, espiritualidade e reverência às raízes ancestrais que sustentam a história da agremiação e da cultura negra no Amapá.
Durante a roda de samba em homenagem a Ogum, referência à ancestralidade e à força espiritual que guia a trajetória da escola foram realizadas muitas homenagens com a entrega de certificados às pessoas que contribuíram com o carnaval 2025, apoiadores e figuras importantes da história da agremiação.
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