Síndromes respiratórias: Governo do Amapá intensifica busca ativa para vacinar pacientes no Hospital da Criança e do Adolescente
Governo do Amapá aposta na prevenção como arma de enfrentamento eficaz contra as SRAG

Em situação de emergência em saúde pública pelo aumento das hospitalizações por síndromes respiratórias, o Governo do Amapá intensificou a busca ativa para imunizar crianças contra Influenza e Covid-19 que estão internadas ou em observação no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e no Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá. A medida se estende a acompanhantes dos pacientes e profissionais de saúde dessas unidades.
O trabalho é desenvolvido pelo Núcleo de Vacinação do HCA, que detectou cadernetas incompletas ou desatualizadas de alguns imunizantes, principalmente os relacionados à doenças respiratórias, a principal demanda do hospital, que atualmente está com taxa de 100% de ocupação de leitos clínicos e de UTI, a maioria com casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

"O Governo do Amapá entrou em alerta com o aumento dos casos. A vacinação é preventiva, por isso ofertamos as doses de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, para crianças internadas, acompanhantes e servidores”, explicou André Carvalho, enfermeiro do Núcleo de Vacinação do HCA.
A pequena Ana Clara, de 4 anos de idade, passou por avaliação médica no Pronto Atendimento Infantil e foi diagnosticada com síndrome gripal. A mãe, Cássia Camila, acredita que a vacinação fez a diferença para que a doença não se agravasse.
"Nunca deixei de vacinar a minha filha. Isso é importante. Se não tivesse imune, tenho certeza de que hoje ela estaria internada, com sintomas muito mais graves", afirmou, aliviada com a boa resposta da filha à doença.

As equipes atuam em conjunto com os médicos pediatras, que indicam se o paciente pode ou não atualizar naquele momento, o cartão de vacina, especialmente cardiopatas, diabéticos, pacientes com doenças neurológicas e crônicas.
“A vacina precisa ser aplicada em pessoas saudáveis. Um quadro leve pode permitir a aplicação, mas casos com febre ou agravamento são avaliados com muita cautela. Conscientizamos os profissionais e acompanhamos o censo vacinal. É uma estratégia essencial para proteger quem está vulnerável", explicou o enfermeiro.

O médico do Núcleo de Epidemiologia do HCA/PAI, Rinaldo Júnior, alertou que muitos casos de síndromes gripais atendidos nas unidades poderiam ser resolvidos na atenção básica, evitando a superlotação.
"A influenza é a síndrome gripal mais comum neste período. Muitos pais ainda deixam de vacinar seus filhos, o que pressiona os leitos. A vacinação em dia é fundamental para conter a gravidade e evitar hospitalizações", pontuou o médico.
A indígena Kura Waiãpi, que atua como intérprete no PAI, também passou pelo Núcleo de Vacinação para receber a dose contra a hepatite A. Ela já havia tomado os imunizantes contra a Influenza e Covid-19.
"Sei da importância e tenho preocupação, porque ainda não levei meus filhos para vacinar, mas já agendei a ida deles para receber os imunizantes", ressaltou Kura, destacando que a conscientização é fundamental.

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