Síndromes respiratórias: Governo do Amapá acompanha Força Nacional do SUS em visitas técnicas às UBSs de Macapá
Equipe de técnicos do Ministério da Saúde e da Sesa conheceram o fluxo de atendimentos nas unidades básicas da capital para elaborar diagnóstico da Rede de Atenção à Saúde.

Depois de decretar situação de emergência em saúde pública e reforçar medidas para o enfrentamento das síndromes gripais e respiratórias, o Governo do Amapá solicitou o auxílio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que veio ao estado fazer um diagnóstico na Rede de Atenção à Saúde. As visitas iniciaram pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município de Macapá na última sexta-feira, 6.
A equipe de técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) acompanhou os atendimentos na UBS São Pedro, no bairro Beirol, e UBS Cláudio Leão, no bairro Universidade, ambas na Zona Sul de Macapá. A agenda encerrou no Instituto Macapaense de Pediatria (Impe), na Zona Norte da capital.

Durante a visita, a Força Nacional do SUS conversou com pacientes, ouviu profissionais da saúde e gestores, a fim de coletar informações para traçar um diagnóstico mais preciso dos casos de síndromes gripais e respiratórias agudas graves (SRAG).
O secretário adjunto de Assistência Hospitalar da Sesa, Rinaldo Martins, avaliou a ação como extremamente produtiva para a tomada de decisões e para receber o apoio do Governo Federal.

“Estamos diante de uma crise, com 100% de ocupação de leitos no Hospital da Criança e do Adolescente, pois o público infantil é o mais atingido. Por isso, reforçar a atenção primária é essencial. A visita é parte do caminho para um diagnóstico preciso, que nos permitirá propor intervenções ao Ministério da Saúde”, destacou Martins.
A consultora do Ministério da Saúde, Conceição Mendonça, que coordena a equipe, afirmou que o foco da força-tarefa é integrar os níveis de atenção e melhorar o fluxo de atendimento da população.

“Identificamos superlotação em algumas unidades e baixa demanda em outras, o que mostra a necessidade de reorganização do fluxo. A atenção primária deve absorver os casos leves, enquanto os mais graves devem ser encaminhados corretamente. O Impe é um exemplo de estrutura que precisa de apoio para atender à alta demanda”, avaliou Conceição.
A coordenadora também alertou para a escassez de vacinas como a da Influenza e de medicamentos como o Tamiflu nas UBSs de Macapá. A carência foi comunicada ao Ministério da Saúde.

A secretária adjunta de Saúde de Macapá, Alessandra Reis, destacou que o Município já vinha atuando de forma estruturada desde a pandemia e que a visita da Força Nacional chega em um momento oportuno.

"Registramos mais de 63 mil atendimentos nas UBSs em maio. No Impe, foram 8 mil atendimentos e 21 internações. O principal gargalo está nos casos que exigem internação clínica, pois conseguimos encaminhar os casos mais graves para unidades de alta complexidade”, explicou Alessandra.
Ações integradas
As atividades da Força Nacional do SUS no Amapá continuam com visitas nos hospitais de média e alta complexidade, como o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Hospital Universitário (HU-Unifap), Hospital de Emergência (HE), além das UBSs do município de Santana.
Com base no diagnóstico final, serão elaboradas propostas para captação de recursos federais destinados à habilitação de leitos provisórios, contratação de profissionais e aquisição de insumos e medicamentos.

Força Nacional do SUS
As equipes são do Fundo de Necessidades da Saúde do Servidor Público Estadual (FN-SUS) e da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), ambos do MS, especializados na atuação em desastres, epidemias e calamidade pública, prestando assistência e empregando medidas urgentes de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
A chegada dos profissionais faz parte das medidas adotadas pelo Governo do Amapá para enfrentamento do surto. Além disso, foram abertos novos leitos clínicos, salas vermelhas semi-intensivas, e brancas projetadas especificamente para minimizar a contaminação.
- Governo do Amapá registra casos de indígenas com síndromes gripais e respiratórias graves na rede hospitalar
- 'Crianças já chegam em estado grave e sem vacina', diz pediatra do HCA sobre pacientes com síndromes respiratórias grave
- Hospital da Criança e do Adolescente registra 100% dos leitos de UTI com pacientes com síndrome respiratória aguda grave, em Macapá
- Gripe, resfriado ou SRAG? Saiba como identificar e prevenir doenças respiratórias no inverno amazônico
Fique por dentro das notícias do Governo do Amapá no ==> Instagram e Facebook.
Siga o canal do Governo do Amapá no WhatsApp e receba notícias em primeira mão!