Governo do Amapá aborda crise fitossanitária da mandioca durante a 14ª Comissão Mista Transfronteiriça, na Guiana Francesa
Em Caiena (GF), delegação amapaense tratou de assuntos de interesse comum entre os dois países na região de fronteira.

Durante a 14ª Comissão Mista Transfronteiriça, que ocorreu na quarta e quinta-feira, 11 e 12, em Caiena, capital da Guiana Francesa, a delegação amapaense enviada pelo Governo do Estado debateu com líderes da agricultura do território ultramarino francês sobre os desafios e atenção sobre situações fitossanitárias de arranjos agrícolas.
Com gestores chefiados pelo governador Clécio Luís, os diálogos abordaram principalmente a atual conjuntura sobre a praga da mandioca, a vassoura-de-bruxa, que afeta plantações em ambos os lados da fronteira Brasil/França. No lado brasileiro já existem trabalhos específicos do Governo do Amapá, para prevenir, monitorar e conter o avanço da praga e até atuações de ministérios, em busca de soluções para a demanda fitossanitária.
“Estamos acompanhando todas as medidas burocráticas e administrativas de governo, para enfrentar essa doença na mandiocultura, e vamos fazer o que for necessário, mas quero sugerir que essa pauta ganhe maior relevância aqui no Comitê, pois, precisamos avançar nas pesquisas, já que essa praga está afetando a segurança alimentar e a cultural de povos que sempre tiveram a farinha, como uma de suas produções”, destacou o governador do Amapá, Clécio Luís.

Dentre as evidências, o Amapá destacou as atividades que vem adotando para conter o avanço da praga vassoura-de-bruxa da mandioca, que já afeta roças de mandioca nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Pracuúba, Tartarugalzinho, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio.

“A nossa produção de farinha é uma questão cultural, social e econômica, por isso, já temos um conjunto de medidas que implicam na redução do risco da disseminação da vassoura-de-bruxa da mandioca”, informou o diretor-presidente da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), Álvaro Cavalcante.
Entre as diversas medidas adotadas, estão o levantamento de detecção fitossanitário nos municípios sem ocorrência da praga, a instalação de barreiras de fiscalização restringindo o trânsito de sementes-manivas, folhas e raízes saindo dos municípios com a confirmação da praga para outros municípios sem a ocorrência, ações de educação sanitária para produtores e a implantação de câmaras termoterápicas para multiplicação rápida de mudas de mandioca.
No campo, os produtores são orientados a adotar boas práticas agrícolas, como a calagem, adubação adequada, plantio em épocas apropriadas, rotação de culturas, manejo integrado de pragas e doenças e a eliminação de plantas doentes. É incentivado a modernização da mandiocultura com o uso de irrigação, mecanização e tecnologias adaptadas.

Outras pragas e doenças, como mosca-do-broto, mandarová, mosca-branca, cochonilha, ácaros e broca da haste, bem como doenças como fusariose, antracnose, e viroses do mosaico, que compõem o cenário fitossanitário também foram discutidos durante o evento.
As instituições do estado que atuam diretamente na defesa agropecuária, pesquisas, extensão e fomento sobre as questões da mandiocultura são a Diagro, Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
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