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'A memória da minha filha está aqui', diz mãe de policial militar vítima de feminicídio sobre a Sala Lilás inaugurada pelo Governo do Amapá

Mãe da cabo PM Emily Monteiro, morta em 2018, Aldineia Monteiro destacou o legado deixado pela filha, dedicado à Polícia Militar, à família e às causas de proteção as mulheres.

Por Marcelle Corrêa
05/08/2025 16h00
Aldineia Monteiro saúda memória da filha enfatizando legado deixado pela militar

Em um momento de emoção, respeito e reconhecimento, foi entregue à Aldineia Monteiro, mãe da cabo da Polícia Militar do Amapá Emily Karine de Miranda Monteiro, e à toda a sociedade, a primeira "Sala Lilás" da corporação na segunda-feira, 4. O espaço de acolhimento inaugurado pelo Governo do Amapá homenageia a policial, vítima de feminicídio aos 29 anos, em 2018. O local funciona no 1º Batalhão da Polícia Militar, no Residencial São José, em Macapá.

Aldineia ao lado da filha, cabo Emilly

Aldineia destacou os feitos da filha que sempre foi dedicada à família, ao trabalho e às causas sociais de enfrentamento à violência contra mulheres. Com muita emoção e dor irreparável com a perda da filha, a mãe reforçou que o silêncio pode ser um erro fatal e ver a "Sala Lilás" em funcionamento podendo ajudar muitas meninas e mulheres é, para ela, a certeza que Emilly deixou um legado.

"Este momento é para lembrar que a mulher não está sozinha. Tem agora uma sala de acolher para dar mais um conforto a essas vítimas quando procurarem o local para denunciar. Isso é importante. Lutar e não ficar calada, denunciar! Infelizmente, nada vai apagar o que houve com a minha filha, mas agora esse momento me faz lembrar que a memória da minha Emily está aqui", contou Aldineia, emocionada.

Cabo Emilly Miranda deixa legado de luta e combate a violência contra mulheres

O caso da cabo Emilly completa 7 anos em 12 de agosto. O crime, praticado pelo companheiro, na época também policial militar, causou grande comoção na sociedade. Como em muitas situações, a motivação foi ciúmes e não aceitar o fim do relacionamento. A capitã Waldenice Nogueira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, pontua que a "Sala Lilás" também está disponível para todas as mulheres da Segurança Pública.

"O caso é emblemático, envolveu uma policial militar, por isso a 'Sala Lilás' também é voltada a esse atendimento preventivo com relação as nossas policiais femininas e todas as mulheres da Segurança Pública. Acabamos perdendo a policial Emily para a violência doméstica, então, o nosso combate também está dentro da nossa instituição, com ações repressivas e educativas", afirmou a coordenadora da Patrulha Maria da Penha.

Sala Lilás em homenageia a cabo PM Emily Miranda

Amapá por Todas Elas

A "Sala Lilás" é mais uma ação estratégica dentro da campanha “Amapá por Todas Elas”, em referência ao Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher nos 16 municípios. Os trabalhos contam com ações educativas, preventivas e ostensivas integradas com diversos órgãos voltadas à garantia dos direitos, reforçando a rede de apoio e promovendo o acesso a políticas públicas com enfoque na dignidade, segurança e cidadania.

Ao todo, quatro novas salas serão inauguradas ao longo do mês de agosto. Além da unidade entregue nesta segunda-feira, outras serão instaladas nos seguintes pontos: 4º Batalhão da Polícia Militar, em Santana, na Delegacia de Atendimento a Mulher, também no município santanense, e na Delegacia de Atendimento a Mulher, na capital.

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