'Nossas roças são nossas vidas', diz participante da 15ª Assembleia Geral do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas
O cacique Sérgio Silva, de 54 anos, da etnia Galibi Marworno, participou do segundo dia de plenária que trouxe debate sobre o combate à crise fitossanitária nas roças indígenas.

Assuntos como a crise fitossanitária e a educação indígena foram as pautas tratadas no segundo dia da 15ª Assembleia Geral do Conselho de Caciques dos Povos Indígenas (CCPIO), apoiada pelo Governo do Amapá. O cacique Sérgio Silva, de 54 anos, da etnia Galibi Marworno, foi um dos participantes da plenária que contribuiu com soluções para melhorar a segurança alimentar dos originários.
“Nossas roças são nossas vidas, precisamos de estrutura de equipamento para nossos agricultores indígenas trabalharem, é necessária uma programação de rotina para visitar as comunidades. Nós indígenas também temos nossas técnicas, a Embrapa, Rurap, SDR, precisam passar em todas as comunidades para saber a realidade de todas. Se a mandioca não está dando certo, vamos ver outras técnicas e projetos para investir em mudas diferenciadas para nossas roças. Todo cuidado é pouco, vamos trabalhar juntos para podermos avançar”, pediu o cacique Sérgio Silva, 54, da etnia Galibi Marworno.


Além dos Agentes Ambientais Indígenas (Agamins) contratados pelo Governo do Estado, como um dos instrumentos de soluções sustentáveis para os territórios indígenas, principalmente no combate à praga da mandioca que acomete as plantações nas roças, também é promovido a "Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Indígenas de Oiapoque", com a proposta de reforçar a agricultura tradicional com base no diálogo entre o conhecimento ancestral e as ferramentas da assistência técnica.

"O fungo nas plantações de mandioca foi igual a chegada da pandemia, ninguém tinha uma fórmula para deter, então ainda buscamos soluções para combater a praga nas roças. Também temos uma linha de atuação de pesquisa para ver o que temos que fazer, quais são as manivas que podemos estar trabalhando, e o Governo do Estado tem essa preocupação em relação ao enfrentamento da crise fitossanitária. A Secretaria de Estado Extraordinária dos Povos Indígenas faz essa articulação, de explicar as outras secretarias sobre como chegar nos territórios, como elaborar um planejamento de combustível, portanto, o nosso papel é explicar a peculiaridade da população indígena", explicou a gestora da Sepi, Sonia Jeanjacque.
O projeto ATER é resultado de uma articulação entre o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), além disso, o programa foi pensado a partir das demandas dos próprios povos originários.

“O Governo do Amapá reafirma seu compromisso com as comunidades indígenas, garantindo apoio técnico e estrutural para enfrentar os desafios que afetam a produção agrícola e a segurança alimentar. Com a parceria do Governo Federal, por meio da Anater, vamos fortalecer as ações do projeto, assegurando visitas regulares, assistência técnica e o incentivo a projetos produtivos que promovam autonomia e qualidade de vida às famílias indígenas. Além dos Agentes Ambientais Indígenas (Agamins), há 8 técnicos engenheiros agrônomos e assistentes sociais para acompanhar os Agamins nas terras indígenas”, explicou o extensionista agropecuário do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap).
O Programa ATER Indígenas do Oiapoque é considerado pioneiro no país por unir a atuação de órgãos estaduais e federais com a sabedoria dos povos indígenas, promovendo soberania alimentar, valorização cultural e desenvolvimento sustentável.
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