Diagro vai intensificar ações contra a brucelose e tuberculose no estado

Propriedades vão receber a campanha de vacinação e identificação de animais doentes

A Agência de Defesa Agropecuária do Amapá (Diagro) irá intensificar no segundo semestre deste ano as ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) no estado do Amapá. Para isso, o regulamento técnico do programa instituído em 2001, recentemente foi revisto pela Instrução Normativa nº 19, de 10/10/2016. O objetivo é reduzir a prevalência e a incidência dessas doenças em bovinos e bubalinos, visando a erradicação.

Representes da Federação Pecuarista do Amapá (FSA), da Associação dos Criadores do Amapá (Acriap), da Diagro e pecuaristas estão constantemente se reunindo para definir metas e estratégias para melhorar o combate as doenças. Durante o último encontro que acontece no início deste mês, ficou definido que será feito um cronograma de atividades que está previsto para iniciar no segundo semestre deste ano, em virtude da previsão climática onde ocorre a diminuição do volume de chuvas no estado.   

Segundo diretor-presidente, José Renato Ribeiro, as instruções irão ditar regras de procedimentos em relação aos exames e tomadas de decisões quando identificadas as referidas doenças nos animais. “Estamos planejando uma nova estratégia atendendo as novas recomendações do programa”, explicou o gestor.

Nesse sentido, até o mês de junho, os 42 médicos veterinários e 20 agrônomos que compõem o Núcleo de Epidemiologia da Diagro, juntamente com os demais profissionais que trabalham com a análise de doenças desses animais no estado, passarão por um treinamento específico para o credenciamento da vacinação dos animais.

“Nosso objetivo é proteger a saúde dos rebanhos e da população, uma vez que essas doenças podem ser contraídas por meio a ingestão de alimento infectado”, alertou Ribeiro.

Doenças/ prevenção

A brucelose, causada pela Brucella abortus, e a tuberculose, causada pelo Mycobacterium bovis, vêm sendo registradas em todo território nacional, conforme verificado em estudos de caracterização epidemiológica em diversos estados do país. No Amapá, no período de um ano, foram registrados 603 casos de animais contaminados tanto com tuberculose e brucelose.

A estratégia de atuação do PNCEBT é baseada na classificação das unidades federativas quanto ao grau de risco para essas doenças e na definição e aplicação de procedimentos de defesa sanitária animal, de acordo com a classificação de risco. As medidas compulsórias consistem na vacinação de bezerras entre os 3 e 8 meses de idade contra a brucelose e o controle do trânsito de animais, já as voluntárias consistem na certificação de propriedades livres de brucelose ou de tuberculose. Com base na classificação de risco das unidades federativas, o saneamento de focos dessas doenças será obrigatório e deverá ser realizado por médico veterinário habilitado e fiscalizado pelo serviço veterinário oficial.

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