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Início da industrialização na Zona Franca Verde vai gerar quase 400 empregos

Projeto das indústrias de sorvete e de ração foram aprovados nesta quinta-feira

Por Redação
11/05/2017 19h40

Entre os encaminhamentos da reunião, o governador Waldez oficializou a transferência de um terreno do Estado para a construção da sede da Suframa em Macapá

O Amapá conseguiu aprovar a inserção das duas primeiras indústrias que vão compor o corredor econômico da Zona Franca Verde (ZFV) de Macapá e Santana. A decisão foi tomada na 279ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), que ocorreu no Palácio do Setentrião, sede do governo amapaense em Macapá nesta quinta-feira, 11.

As empresas são duas fábricas, de sorvete e de ração animal. Juntas, elas injetarão um capital de giro de R$ 43,5 milhões e abrirão quase 400 postos de trabalho no Amapá. Para o governador do Amapá, Waldez Góes, é o início da mudança econômica que o Amapá precisa para se desenvolver. “É início da verticalização do processo de industrialização no Amapá. É um novo caminho econômico que o Amapá começa a trilhar, no rumo da industrialização, da geração de empregos e renda, da circulação de capitais e do desenvolvimento que o povo do Amapá tanto espera”, analisou o governador.

A Sorveteria Macapá já atua no mercado amapaense desde 1975 na produção de sorvetes e picolés com frutas típicas da região. Ela será a primeira indústria local a ser beneficiada com os incentivos fiscais da ZFV. Os produtos com a marca Q-Sabor serão contemplados com isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que, de acordo com a Lei de regulamentação, é o incentivo concedido para produção com uso de matéria-prima regional.

Com os incentivos, a sorveteria vai aumentar a produção mensal de 23 mil litros para 57,5 mil litros de sorvetes e picolés. A expansão vai permitir à empresa abrir 150 novos postos de trabalho diretos, segundo o projeto aprovado pelo CAS.

Já a Verçosa Indústria e Comércio de Alimentos vai implantar uma fábrica de ração para peixe, porco, frango e gado. Para o governador Waldez Góes, este projeto vai provocar mudanças significativas na economia local porque a ração vai fomentar uma cadeia produtiva de criação de animais. A previsão é que o preço da proteína animal produzida no Amapá possa concorrer com os alimentos importados de outras regiões brasileiras.

“A ração de outras regiões do país chega no Amapá com preço elevado e os criadores ainda sofrem com a espera pela mercadoria. Com a produção de ração, a piscicultura e criação de frangos, por exemplo, poderá concorrer com mercado fora do Amapá”, prevê o chefe do Executivo. A fábrica de ração abrirá vagas para 240 postos de trabalho diretos.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, que preside o CAS, ressaltou que a principal preocupação da União para amenizar a crise é a geração de empregos. Por isto, o processo de industrialização é importante para o Estado amapaense. “O Amapá possui um enorme potencial para esse processo, pois é estrategicamente situado, possui matéria-prima regionalizada em abundância e tem vontade política, que é fundamental para a industrialização”, considerou o ministro.

O superintendente adjunto de Planejamento da Suframa, Marcelo Pereira, lembrou que não são apenas indústrias novas que podem entrar para os corredores econômicos com incentivos fiscais. “As empresas que já existem podem entrar para este corredor econômico. Para isto, basta elaborar um projeto de industrialização com matéria prima regional, entre outras regras à se adequar, e submeter a aprovação do conselho para usufruir dos incentivos da ZFV”, disse Pereira.

Durante a reunião do CAS, 19 projetos industriais e de serviços referentes à implantação, ampliação, atualização e diversificação foram homologados. Para a Zona Franca de Manaus, os 17 projetos objetivam a produção de joias, concreto usinado, componentes e eletroeletrônicos, bebidas e motocicletas.

O CAS, responsável pela aprovação de projetos para inserção de indústrias nos corredores econômicos administrados pela Suframa, é formado por representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (BASA), da própria Suframa, e dos Ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Minas e Energia, de Defesa, e da Fazenda (Receita Federal).

Além de Macapá e Manaus, as cidade de Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estão cotadas para receber as reuniões do CAS em 2017.

Sede regional

Durante o encontro, o governador Waldez assinou o Termo de Doação que transfere um terreno para que a Suframa construa uma sede em Macapá, e assim gerencie de perto o corredor econômico da ZFV. A sede regional poderá promover desde qualificação e consultorias, até a identificação de mercados consumidores, para os empreendedores interessados em investir no polo industrial local. Com isso, será possível estimular investimentos em infraestrutura e fortalecer as atividades de serviços e do comércio de mercadorias. 

Incentivos estaduais

Além da isenção do IPI, as empresas que se instalarem na ZFV de Macapá e Santana, poderão ganhar mais incentivos fiscais. Durante a reunião do CAS, o governador entregou ao ministro uma cópia do Projeto de Lei (PL) que prevê isenções em âmbito estadual. A proposta tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.

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